quinta-feira, 20 de junho de 2013

PT tenta pegar carona no protesto de São Paulo, mas militantes são vaiados e hostilizados


(Foto: Nelson Antoine - AP)


Deu errado – Cumprindo a promessa feita pelo presidente do PT, Rui Falcão, que em comunicado distribuído à imprensa informou que militantes do partido participariam da grande manifestação marcada para esta quinta-feira (20) em várias cidades brasileiras, petistas foram xingados e hostilizados por integrantes do movimento que protesta contra a degradação moral do Estado.



Portando bandeiras e vestindo camisetas com a insígnia do partido, os petistas foram mal recebidos, o que mostra que fracassou a tentativa de pegar carona no movimento que tem como principal alvo de críticas a própria legenda e o governo inoperante de Dilma Vana Rousseff, que temendo as reticências dos protestos decidiu cancelar pelo menos duas das viagens oficiais agendadas para os próximos dias: Japão e Bahia.

A ousadia de Rui Falcão evidencia a desfaçatez como o partido, que obedece a todas as ordens do fugitivo Luiz Inácio da Silva, trata a população, cansada dos desmandos oficiais e cada vez mais indignada com a situação do País, cuja economia se esgueira sobre o despenhadeiro da crise.

Os brasileiros de bem que participam dos protestos devem impedir a infiltração de integrantes do partido político responsável pelo período mais corrupto da história nacional, não sem antes apontar o dedo na direção das inúmeras transgressões cometidas por um agrupamento político que tem todos os requisitos para ser considerado uma quadrilha.

Lula, que encomendou os primeiros protestos com o objetivo de encurralar politicamente o governador Geraldo Alckmin, até porque o objetivo do PT é tomar de assalto o Palácio dos Bandeirantes, precisa ser alçado ao patíbulo da culpa, pois é inimaginável que um ex-presidente, que ainda deve explicações sobre escândalos de corrupção, transforme o País em capitania hereditária, como se o Brasil não tivesse um ordenamento jurídico que pudesse levá-lo à prisão.

E Agora Lula?



terça-feira, 18 de junho de 2013

Protestos revelam 'pane do milagre brasileiro', diz 'Le Monde'

Segundo o jornal, o governo da presidente Dilma Roussef "paga hoje o preço" de uma revolta popular instigada pelas "despesas suntuosas da Copa do Mundo de 2014".

"Ao vermos dia após dia os manifestantes cada vez mais números irem às ruas para criticar à má administração e as quantias abissais investidas na organização da Copa do Mundo, enquanto os serviços públicos como a saúde e a educação estão em um estado deplorável, podemos questionar se os dirigentes (do país) não tiveram o olho maior do que a barriga", escreve o Le Monde.

Segundo o jornal, uma conjunção de diferentes fatores fez desmoronar o "paradigma" de que a Copa do Mundo iria permitir desenvolver diferentes regiões do país.

O primeiro fator, diz o vespertino, é o fraco crescimento econômico brasileiro, que sinaliza "perda de fôlego". Outro elemento importante é a inflação, "um tema sensível para os brasileiros", que "dá sinais de febre forte".

"A tudo isso se somam os anúncios sobre o custo suplementar astronômico das obras dos estádios. Alguns deles permanecerão carcaças vazias por falta de espectadores (após a Copa) e outros serão dificilmente acessíveis às pessoas de baixa renda em razão do aumento dos preços dos ingressos", diz o Le Monde.
Bastou então o aumento de R$ 0,20 do preço das passagens de ônibus em São Paulo, associada "a uma repressão desproporcional da polícia" para "atear fogo na pólvora", escreve o diário.

O Le Monde destaca que não apenas as autoridades "esqueceram" de mencionar que o transporte em São Paulo se torna um dos mais caros do mundo, já que cada usuário utiliza, em média, duas ou três passagens por dia, "mas eles também deixaram de evocar o estado do sistema de transportes, deplorável".


Protecionismo


Em outro artigo, intitulado "o protecionismo de Dilma Rousseff pôs fim ao crescimento milagroso dos anos 2000", o diário francês critica o desempenho econômico do Brasil sob a gestão atual.
"A presidente Dilma não tem a arte e o talento em economia de seu predecessor, Lula. Basta olhar a curva em declínio do crescimento" do PIB.

O jornal destaca ainda que as taxas de juros estão subindo com o risco de uma inflação mais alta e que apesar do bom desempenho da produção agrícola, a atividade industrial vem caindo no país.
Outros indicadores negativos são as perdas registradas no ano pela bolsa de valores, o rebaixamento das notas dos bancos públicos e o consumo estagnado, escreve o Le Monde.

"Esses resultados são ainda mais decepcionantes se considerarmos que o governo brasileiro tentou estimular a demanda e os investimentos internos com políticas orçamentárias e monetárias generosas e por injeções maciças de recursos em 2012."

O jornal lembra que o"inamovível" ministro da Fazenda, Guido Mantega, repete que o Brasil sofre os efeitos da crise nos países ricos, sobretudo na Europa.
"O problema não é apenas conjuntural. O ex-presidente Lula soube conciliar uma política social com um liberalismo econômico que ampliou a atividade. Dilma se voltou para um dirigismo econômico, que é reivindicado", escreve o Le Monde.

Para o diário francês, o aumento das tarifas de importação e o "patriotismo econômico" do governo estão prejudicando o sistema que permitiu ao país emergir nos anos 2000.
Hoje há o risco, escreve o jornal, de fuga de capitais do país, no momento em que ele deveria estar atraindo investimentos, já que o Brasil realiza inúmeras obras para a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

Fontehttp://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/06/130618_protestos_brasil_le_monde_df_tp.shtml

domingo, 9 de junho de 2013

Professores de Juazeiro do Norte terão salários reduzidos em até 40%

Professora chora diante da aprovação da redução do salário dos professores em Juazeiro do Norte, no Ceará. O corte pode chegar a até 40%

Os professores da rede municipal de Juazeiro do Norte (a 548 km de Fortaleza), no Ceará, terão seus salários reduzidos em até 40%, aumento na carga horária, além de outras mudanças regidas no PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração), aprovado pela Câmara de Vereadores, apesar dos protestos na última quinta-feira (6).

A aprovação causou desespero e revolta nos professores que recebem o piso nacional de docentes estabelecido pelo MEC, no valor de R$ 1.567, além de gratificações, que totalizam o valor de R$ 2.193.

De acordo com o SSM (Sindicato dos Servidores Municipais), 2.000 professores devem ter os salários reduzidos em até R$ 650.

Devido à aprovação da reformulação do PCCR, o sindicato disse que todos os professores estão em greve por tempo indeterminado. De acordo com a presidente do sindicato, Mazé dos Santos, a greve não foi deflagrada ainda devido aos trâmites legais.

"Vamos respeitar o prazo de 72 horas para entrar em greve. O que não podemos é ficarmos calados. Vamos continuar os protestos", disse Santos em entrevista ao UOL.

Ao final da votação dos vereadores, que foi de 12 votos a favor e quatro votos contra, os professores pegaram ovos para jogar nos políticos. Durante o tumulto, a PM (Polícia Militar) e guardas municipais usaram spray de pimenta para dispersar os manifestantes.

Os vereadores a favor dos professores e que votaram contra o projeto foram Cláudio Luz (PT), Glédson Bezerra (PTB), Rita Monteiro (PT do B) e Tarso Magno (PR). Eles informaram que vão debater a possibilidade de pedir anulação da sessão extraordinária.

A sessão foi tumultuada e até os vereadores discutiram com a mesa diretora. Luz discutiu com o presidente da Câmara de Vereadores, Antônio de Lunga (PSC).

Durante a votação os professores chegaram a mostrar pacotes de dinheiro e jogar no plenário notas para que os vereadores pegassem "porque eles são comprados", diziam em coro.

A sessão esquentou depois que três professores conseguiram invadir o plenário e foram retirados pela polícia. Os manifestantes gritavam palavras para agredir os vereadores, chamando-os de "ladrões", "bandidos", "quadrilha" e "vendidos".

A prefeitura de Juazeiro do Norte disse que o corte no salário dos professores foi necessário para se enquadrar na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e reforçou que os valores pagos aos professores não fechava a folha de pagamento. O projeto foi enviado pelo prefeito Raimundo Macedo (PMDB).