terça-feira, 29 de outubro de 2013

O petróleo é deles e o prejuízo é nosso


Por Roberto Lacerda Barricelli

O petróleo não é nosso, pois a Petrobras pertence ao Estado e aos acionistas privados. Sabe o que é nosso? O prejuízo (como o primeiro registrado em 13 anos, no segundo trimestre s de 2012 e que chegou a R$1,35 bilhão e nós que pagamos com impostos e abastecendo o carro a preços maiores que no resto do mundo). E não! Não somos donos do Estado, os burocratas apenas o mantem com nosso dinheiro sem pedirem nossa permissão.

Claro, se a Petrobras lucra esse dinheiro é distribuído entre Estado e acionistas, agora, se ela dá prejuízo, este é socializado e cabe ao contribuinte pagar a conta para manter uma empresa que não é nossa “saudável”. Aliás, onde está a saúde da Petrobras? Ora, uma empresa que vale R$200.863.799.480,00 bilhões e no entanto tem US$ 112,7 bilhões (R$244,79 bilhões na cotação recente) em dívidas e segundo o Bank of America Merrill Lynch é a empresa mais endividada do mundo, não pode ser considerada saudável.

Por isso é irritante ver “manifestantes” clamarem que “o petróleo é nosso”. Coitados, possuem ações da Petrobras por acaso? Recebem algum dividendo? Falam em dividendos para a saúde, educação… Mas isso é do Pré-Sal, sabe, aquele que não temos condições de explorar e não há ainda qualquer produção, lucro, nada. Dividendos de zero são iguais a zero, ou mudaram a matemática e ninguém me avisou? Por ser estatal não há cobrança por resultados, pois o Estado garante o caixa, com o nosso dinheiro é claro.

A Petrobras sequer possui liquidez, caramba, se as dívidas fossem liquidadas hoje pelos credores nem a venda da empresa seria suficiente para pagá-los. E o tal do pré-sal que dizem valer R$1,5 trilhão sequer foi explorado, por que alguém há de querer pegar algo em troca de uma dívida se terá que investir mais do que possui para talvez arrancar algum lucro?

Essa irracionalidade com viés nacionalista provém de uma manipulação socialista medonha. Fazem o cidadão acreditar ser dono de algo que não lhe pertence e ainda arcar com os prejuízos. É como pagar pelo conserto da janela da sua vizinha que ela quebrou e ainda achar que a janela é sua.

Ah, mas isso não é de hoje. Nos últimos cinco anos a dívida da Petrobras aumentou 476% e o valor de mercado que em setembro de 2011 era de R$ 262,55 bilhões caiu aproximadamente 23,9% em menos de 3 anos, alcançando o valor já citado pouco acima dos R$200 bilhões em outubro de 2013.



Uma queda da montanha com alguns galhos pelo caminho.

Agora criticam as concessões, chamam de privatização, mas que privatização é essa que a Petrobras continua dona de 40% dos direitos, 20% ficam nas mãos de estatais chinesas e só 40% nas mãos de empresas privadas? Que privatização é essa na qual as empresas aceitam entregar de bandeja mais de 41% da futura produção do campo de Libra ao Estado?

A única salvação para o setor petroleiro no Brasil e para a própria Petrobras é a privatização da estatal e a desburocratização da exploração petrolífera, permitindo que empresas nacionais e estrangeiras explorem, produzam e revendam.

No sistema atual além do petróleo não ser nosso o lucro é estatal e o prejuízo repassado ao contribuinte (socializado). Já em um sistema de livre concorrência o lucro é privado e o prejuízo também. O que nos “sobra” é a geração de emprego e riquezas no país, a diminuição dos preços dos derivados como a gasolina, melhor qualidade do produto, agilidade na distribuição e menor impacto ambiental, posto que as empresas privadas se preocupam com sua imagem e degradar o meio ambiente não faz bem à esta. Prejuízo à imagem é prejuízo financeiro na certa e a empresas privadas não possuem um aparato mantido com dinheiro alheio (como o Estado) para lhes salvar, exceto as amiguinhas do Estado que mamam no BNDES.

Falando em BNDES, a livre concorrência no setor impedirá a criação de reservas de mercado e cartelização, pois ambos inibem a competitividade e isso prejudica o lucro em um livre mercado, logo, produzir sem intervenção estatal e autogerir-se com recursos da própria empresa é a melhor estratégia. Chega da farra com nosso dinheiro nesse agente cartelizador e depredador do desenvolvimento econômico e social que diz defender.

O que impede esse processo? Além dos políticos que utilizam a estatal como cabide de emprego para angariar votos, o Estado que usa para “controlar” a inflação artificialmente, os pseudo artistas que não tem capacidade de arrumar investidores para seus shows, peças, filmes e programas, a maior rede de televisão e comunicação audiovisual do país que mendiga recursos do Fundo Cultural da Petrobras, dos funcionários encostados e incompetentes que se organizam em sindicatos para impedir qualquer avanço que significa ameaçar seus empregos e premiar aqueles capacitados que melhorariam substancialmente a empresa (os 80 mil funcionários da estatal custaram em 2011 R$18 bilhões, haja super salários, pois é quase R$230 mil para cada um ao ano) e ao monte de socialistas que se recusam a enxergar que o setor privado beneficia a sociedade enquanto um Estado babá e gigantesco a destrói? Não tenho ideia! Alguma dica?

Enquanto mantivermos essa mentalidade retrógrada de que o “petróleo é nosso” a Petrobras; ou Petrossauro como a chamava Roberto Campos, continuará emparelhada, ineficiente, contraindo dívidas e se afundando cada vez mais no próprio buraco aberto por ela *será que encontrará petróleo no fundo dele?). A gasolina continuará tão cara que para comprar um carro precisamos casar com o dono do posto e de má qualidade, assim como todos os demais derivados do petróleo. Políticos corruptos continuarão utilizando a estatal para reeleição e obtenção de benefícios pessoais. Uma mídia ainda mais corrupta continuará acobertando tudo e utilizando a imagens de artistas sanguessugas como escudo.

A quebra do monopólio estatal, a privatização da Petrobras, a desburocratização do setor e a abertura ao capital privado são as únicas saídas viáveis para que paremos de arcar com os prejuízos de um petróleo que não é nosso e colhamos resultados que ajudarão no desenvolvimento do país e beneficiarão os cidadãos economicamente e socialmente, independente da classe a qual pertençam.

Fonte:http://robertolbarricelli1.wordpress.com

Nas Franjas do Black Bloc



Demétrio Magnoli, O Globo

“Muitos dos jovens que estão usando essa estratégia da violência nas manifestações vieram das periferias brasileiras. Eles já são vítimas da violência cotidiana por parte do Estado e por isso os protestos violentos passam a fazer sentido para eles”.

Rafael Alcadipani Silveira, autor do diagnóstico que equivale a uma celebração do vandalismo, não é um músico punk, mas um docente da FGV-SP. O seu (preconceituoso) raciocínio associa “violência” a “periferia” — como se esse sujeito abstrato (a “periferia”) fosse portador de uma substância inescapável (a “violência”).

Por meio do conhecido expediente de atribuir a um sujeito abstrato (a “periferia”) as ideias, as vontades e os impulsos dele mesmo, Silveira oculta os sujeitos concretos que produzem um “sentido” para “protestos violentos”. Tais sujeitos nada têm a ver com a “periferia”: são acadêmicos-ativistas engajados na reativação de um projeto político que arruinou as vidas de uma geração de jovens na Alemanha e na Itália.

No DNA humano estão inscritas as “pegadas” da evolução dos seres vivos. Nas obras de arte, encontram-se os sinais de uma extensa cadeia de influências que as interligam à história da arte. Similarmente, pode-se identificar nos textos políticos uma genealogia doutrinária, que se manifesta em modelos argumentativos típicos e expressões estereotipadas.

O professor da FGV menciona a “violência cotidiana por parte do Estado”. Nas páginas eletrônicas dos Black Blocs, pipoca a expressão “Estado policial”. Bruno Torturra, o Mídia Ninja ligado a Marina Silva, definiu os Black Blocs como “uma estética” e defendeu a “ação direta”, desde que “dirigida aos bancos”.

Pablo Ortellado, filósofo e ativista, elogiou a “ação simbólica” de destruição de uma agência bancária que, interpretada “na interface da política com a arte”, simularia a ruína do capitalismo. Eu já li essas coisas — e sei onde.

Tudo isso foi escrito na década de 1970, pelos intelectuais italianos que lideraram os grupos autonomistas Potere Operaio, Lotta Continua e Autonomia Operaia. Eles mencionavam as qualidades exemplares da “ação direta” e a eficiência da “violência simbólica”.

Toni Negri pregava a violência como ferramenta para defender os “espaços” criados pelas “ações de massa” e exaltava o “efeito terrível que qualquer comportamento subversivo, mesmo se isolado, causa sobre o sistema”.

Avançando um largo passo, Franco Piperno clamava pela “combinação” da “potência geométrica da Via Fani” (referência ao sequestro de Aldo Moro pelas Brigadas Vermelhas, em Roma, no 16 de março de 1978) “com a maravilhosa beleza do 12 de março” (alusão ao assassinato de um policial, em Turim, pelo grupo extremista Prima Linea, em 1977).

Depois do assassinato de Moro, Negri e Piperno foram processados e injustamente condenados a cumprir sentenças de prisão, que acabaram sendo revertidas. Intelectuais, de modo geral, não sujam as próprias mãos. Os líderes autonomistas não integravam as Brigadas Vermelhas ou a Prima Linea — e, portanto, não deram as ordens que resultaram em atos de terror.

Eles apenas ensinaram a seus jovens seguidores, alguns dos quais viriam a militar nas organizações terroristas, que a violência é necessária, eficaz e bela. A responsabilidade deles não era criminal, mas política e moral, algo que jamais tiveram a decência de reconhecer.

Onde fica a fronteira entre a violência “simbólica” e a violência “real”? Na noite de 2 de abril de 1968 bombas incendiárias caseiras explodiram em duas lojas de departamentos de Frankfurt, que já estavam fechadas. A ação pioneira do grupo Baader-Meinhof, inscrita “na interface da política com a arte”, foi cuidadosamente planejada para não matar ninguém. Era a violência “só contra coisas”, não “contra pessoas”, na frase de Ortellado para justificar as ações dos Black Blocs.

O primeiro cadáver do Baader-Meinhof, um guarda penitenciário, surgiu na operação de resgate de Andreas Baader, em maio de 1970. Depois, vieram outros cadáveres, de chefes de polícia, juízes, promotores ou empresários. Tais personalidade seriam “símbolos” do “sistema” — isto é, segundo uma interpretação possível, “coisas”, não “pessoas”.

A tragédia alemã precedeu a tragédia italiana, mas não a evitou. No “Outono Alemão” de 1977, um jovem radical desiludido escreveu uma carta amarga, irônica, indagando sobre os critérios para decidir quem tinha mais responsabilidade pela opressão capitalista — e, portanto, deveria ser selecionado como alvo. “Por que essa política de personalidades? Não poderíamos sequestrar junto uma cozinheira? Não deveríamos pôr um foco maior nas cozinheiras?”

Os nossos alegres teóricos dos Black Blocs aplaudem o incêndio “simbólico” de uma agência bancária, mas ainda não se pronunciaram sobre o valor artístico da vandalização de edifícios empresariais, shopping-centers, delegacias, palácios de governo ou residências. Por que esse “foco” nos bancos?

Eugênio Bucci — ele também! — usou a palavrinha “estética” quando escreveu sobre a suposta novidade do “esporte radical e teatral de jogar coquetel molotov contra os escudos da tropa fardada”. Não existe, porém, novidade.

Ortellado publicou um artigo sobre as fontes da “tática” dos Black Blocs, evidenciando suas conexões com os movimentos autonomistas de “ação direta” na Alemanha e Itália dos anos 1970 e 1980, cujos destacamentos de choque servem de modelo aos nossos encapuzados.

Ele não diz com clareza, mas as teses políticas que reativam o culto da manifestação violenta originam-se precisamente de alguns dos acadêmicos-ativistas daquele tempo, hoje repaginados como mestres grisalhos do movimento antiglobalização.

Os Black Blocs anunciam um “badernaço nacional” para o 7 de setembro. Mas o “badernaço” intelectual começou antes, na forma dessas piscadelas cúmplices para idiotas vestidos de preto que rebobinam um desastroso filme antigo.

MADURO, O TIRANETE DA VENEZUELA, ENVIARÁ BANDIDOS A CUBA PARA SEREM TRANSFORMADOS EM AGENTES COMUNISTAS. É O PROGRAMA 'MAIS BANDIDOS


Milícias chavistas agora contarão com mais bandidos treinados em Cuba
A matéria que segue abaixo é do site do jornal O Globo. O texto é feito com base no noticiário de agências internacionais. Pretensamente imparcial, a matéria na verdade leva água ao moinho do comunismo chavista. 
O que na verdade deve ocorrer é a transformação de bandidos em militantes do comunismo, já que em Cuba, deverão passar por uma lavagem cerebral. Isto quer dizer que não deixarão de ser bandidos, já que ao serem transformados em bate-paus do chavismo, passarão a constituir-se em bandidos a serviço da ditadura comunista do caricato tiranente Nicolás Maduro, o filhote de Chávez. É uma versão muito louca do Programa Mais Médicos. Desta feita será o 'Programa Mais Bandidos'.
Entretanto, O Globo segue o que afirmou Lula, quando disse que na Venezuela há “democracia até demais”. Os semoventes da redação de O Globo jamais qualificam de ditadura a quadrilha que tomou conta da Venezuela.
Depois que esses comunistas chegaram ao poder na América Latina, o continente virou uma base operacional de bandoleiros e terroristas de todos os tipos. E vejam que a matéria de O Globo é um primor do pensamento politicamente correto. Só falta dizer que os bandidos são bandidos por causa da ‘exploração capitalista’. Leiam:
A Venezuela vai exportar delinquentes para Cuba, com o objetivo de capacitá-los e tirá-los da criminalidade, e depois pretende trazê-los de volta, revelou nesta quarta-feira a vice-ministra de Seguridade e Cidadania de Venezuela, Wandolay Martínez. A ideia faz parte dos planos do presidente Nicolás Maduro para tratar da alta taxa de criminalidade do país. Em 2012 houve um salto de 14% na taxa de homicídio, chegando a 16 mil. Isso significa que, para cada 100 mil venezuelanos, 54 morreram assassinados.
- Em novembro vamos enviar um grupo de jovens venezuelanos que cometeram delitos menos graves e que entregaram suas armas. Como incentivo, foi dado a eles uma ida a Cuba para serem capacitados em cursos de formação e para que depois voltem a Venezuela e trabalhem legalmente - disse Wandolay ao canal VTV.
O plano de Maduro começou no início do ano e tenta convencer jovens infratores a mudar de vida, além de colocar um reforço de efetivo de 12 mil soldados nas ruas.
A vice-ministra não disse quantos jovens venezuelanos serão enviados a Cuba, mas afirmou que o governo não quer promover a impunidade com esse tipo de incentivos.
- Os jovens sabem que cometeram delitos, mas, mesmo entregando as armas, devem assumir a responsabilidade.
No dia 25 de agosto alguns depoimentos desses jovens infratores foram mostrados na televisão pelo vice-ministro do Interior, José Rangel.
“Aqui há um criminoso puro. Somos criminosos. Tomamos esse caminho não porque quisemos” dizia um suposto jovem enquanto outro era mais explícito ao pedir ajuda: “Ajudem porque nossos corpos estão esperando por ajuda”.
O vice-ministro também disse que conversou com com membros de 280 grupos criminosos, dos quais participam um total de 10 mil pessoas. Ele disse que as conversas foram autorizadas por Maduro e que começaram no início deste ano para trataram do desarmamento voluntário dos criminosos. Do site de O Globo