segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Após avalanche de processos judiciais, mais um jornalista brasileiro é obrigado a encerrar seu blog


A censura togada tem sido apontada como o principal entrave para a liberdade de expressão no Brasil por organismos internacionais como a Sociedade Interamericana de Imprensa e a Freedom House. Se a ofensiva judicial é prejudicial ao exercício do jornalismo em grandes veículos de comunicação, para pequenos sites e blogs a simples participação em processos significa sua sentença de morte, mesmo sem condenações. Sem meios para arcar com as custas de uma representação na justiça, blogueiros acabam sufocados financeiramente e decidem encerrar suas atividades.

Foi o que aconteceu com o jornalista Fábio Pannunzio. Em um artigo publicado pela Folha de S. Paulo na quarta-feira passada, 31 de outubro, ele denuncia ser alvo de uma avalanche de ações judiciais por suas postagens críticas no Blog do Pannunzio, razão que o levou a deixar de atualizar a página.

“O exercício da liberdade de expressão, no ambiente cultural de uma democracia que ainda não se habituou à crítica (e a confunde com delitos de opinião), desafortunadamente, se tornou caro demais”, lamentou o jornalista.

Fonte: Blog Prosa e Política e Natália Mazote


MAIS UM BLOG CENSURADO




Outro caso de censura e contra o jornalista Augusto Barata, do Pará, dono do blog do Barata, para publicação de qualquer matéria sobre o deputado estadual Martinho Carmona (PMDB). O blog do Barata está sob censura desde o dia 22 de janeiro, por determinação da juíza Luana de Nazareth Santalices, da 1ª Vara do Juizado Especial Civil de Belém a pedido do deputado (na foto com a governadora Ana júlia).


Na sentença a juíza estabelece que o jornalista “se abstenha de fazer qualquer alusão, referência ou ilação à imagem e ao nome do reclamante [Martinho Carmona], direta ou indiretamente, em matéria transmitida pela internet ou qualquer outro meio de comunicação; de fazer quaisquer menções à pessoa do autor, seja ao nome ou alcunha dele (Martinho Carmona, Pastor Carmona, deputado Carmona, Deputado Pastor, Carmona, ou qualquer outra forma pela qual o reclamante possa ser identificado)”


Fonte: Blog Prosa e Política

domingo, 18 de novembro de 2012

Nazipetralhas lançam ameaça contra Joaquim Barbosa e vomitam manifesto cínico contra o Judiciário

Por Jorge Serrão

 Joaquim Barbosa não se aposenta no STF aos 70 anos. Não se preocupe. Ele vai pedir antes para sair. Nós vamos agir para isto”. Esta previsão-ameaça feita durante um telefonema trocado na terça-feira entre um alto dirigente do PT e um influente membro da Executiva Nacional do Partido é um indicativo de que o Brasil viverá tempos institucionais ainda mais sombrios e nada democráticos. O petista ainda avisou ao outro: “José Dirceu não será preso. Vamos armar um esquema para ele não ser preso”. O teor da conversa telefônica vazou em Brasília – cidade onde a ilegal arapongagem rola livre, leve e solta. 

No dia seguinte ao telefonema cheio de bravatas e ameaças, da mesma forma radical com que Adolf Hitler criticava a República de Weimar, antes da tomada de poder pelos nazistas na Alemanha na década de 30, sob orientação do fürer José Dirceu, os radicaloides da cúpula petista investem aqui no Brasil contra a corte máxima da Justiça brasileira. A nota pública de repúdio ao resultado do julgamento do Mensalão, divulgada ontem pela Executiva Nacional Socialista do PT, foi a proclamação da República Nazipetralha que está por ser consolidada no Brazil por eles entregue à Oligarquia Financeira Transnacional e ao Crime Organizado.

O PT é o partido especializado em aparelha a máquina estatal, para inflá-la de militantes e meliantes que doam 20% do que recebem de salário no Poder Público para o Poder Partidário. Por isso, trata-se de um golpe de puro cinismo político alegar que o Supremo Tribunal Federal é uma instituição partidarizada. Mais canalha ainda é a ameaça aberta feita pelo “politburro” da legenda que obedece a tudo que Dirceu manda: "o PT envidará todos os esforços para que a partidarização do Judiciário, evidente no julgamento da ação penal 470, seja contida".
o displante de a decisão do STF em condenar os mensaleiros aponta "para o risco de insegurança jurídica". Eles vão além no “justiçamento” do STF: “"As decisões do STF, em muitos casos, prenunciam o fim do garantismo, o rebaixamento do direito de defesa, do avanço da presunção de culpa em vez de inocência".

O “justiçamento” nazipetralha contra o STF tem pontos ainda mais canalhas. A cúpula petista alega que o Supremo Tribunal Federal "não garantiu o amplo direito de defesa, deu valor de prova a indícios e fez um julgamento político". O partido dá até a indicação de que vai mesmo cumprir a ameaça de ferir a soberania do STF e do Brasil, recorrendo a Foros internacionais em favor dos condenados no Mensalão. Vide a pretensa tese jurídica contra a base usada pelo plenário do STF para julgar os mensaleiros. Os gênios justiçadores do PT escrevem que “o domínio funcional do fato não dispensa provas".

Na entrevista coletiva após a reunião da Executiva Nacional Socialista do PT, o presidente Rui Falcão justificou por que o STF foi acusado no manifesto de “partidarizar” o julgamento da Ação Penal 470: “A partidarização foi a coincidência do julgamento e a forma com que ele se desenvolveu no curso da campanha eleitoral. Falo também do procurador-geral (Roberto Gurgel) que se manifestou dizendo que achava importante que o julgamento influísse nas eleições”.

Detalhe fundamental sobre o texto. O manifesto tem a aprovação expressa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O texto tem o DNA radicalóide de Rui Falcão (Presidente da Legenda), de José Dirceu (líder máximo da massa petista) e de José Genoíno. Os dois condenados no STF aprovaram sua publicação. Lula até pediu à cúpula partidária que tal documento não fosse divulgado durante o processo eleitoral. O próprio Rui Falcão admitiu que a nota política não sofreu interferência do ex-presidente Lula e ressaltou que “o texto foi apresentado a Dirceu e Genoino”. Falcão finalizou: “Eles tomaram conhecimento da nota do PT e acharam que está de bom tamanho”.

Tentando amenizar o teor das cinco páginas do documento – no qual a Executiva Nacional Socialista do PT não convoca os petistas para uma manifestação contra o julgamento ou explicitamente a favor dos condenados -, o presidente do PT tenta manipular a entrevista coletiva concedida ontem para fingir que o partido ainda é o puro defensor da ética, da transparência e da democracia. Rui Falcão justificou a intenção do manifesto: “É uma mobilização em defesa das nossas bandeiras, uma delas é a reforma política, o financiamento público das campanhas eleitorais. Queremos lutar pela ampliação da liberdade de expressão no País”.

Não há dúvidas de que o espectro do nazipetralhismo não só ronda, mas já toma conta do poder político no Brasil. O que está ruim politica e democraticamente tem tudo para ficar ainda pior. A massa já demonstrou que está politicamente alinhada com os ilusionistas nazipetralhas. E como o Brasil não demonstra ter Povo, mas apenas massa ignorantel para ser facilmente influenciada e manipulada, em breve teremos consolidada uma “Democradura”.

Em resumo: Joaquim Barbosa, futuro presidente do Supremo Tribunal Federal e relator do processo do Mensalão – que se cuide. A nazipetralhada ameaça enfraquecer sua coluna (já debilitada no sentido denotativo da palavra). A Presidenta Dilma também deve se cuidar. A companheirada achou estranho que, depois da reunião de manhã cedo com ela, na segunda-feira, o Joaquim Barbosa tenha feito a mudança surpresa na ordem de votação da Ação Penal para antecipar a condenação de Dirceu... Conspiradores nazipetralhas acham que tem dedinhos da Dilma contra o Bem Amado Zé...

E os segmentos esclarecidos da sociedade, que ainda conseguem ter como criticar os nazipetralhas, que se cuidem também. O Reich nazipetralha foi proclamado ontem, na véspera da celebração da Proclamação da República, em cinco folhinhas de papel nada higiênico para o regime democrático.

Enquanto isso, o Capimunismo tupiniquim avança, sob a gestão do Governo do Crime Organizado e com as bençãos da Oligarquia Financeira Transnacional que há seculos nos controla - porque nós deixamos




Fonte:Alerta Total- Jorge Serrão

sábado, 17 de novembro de 2012

Com que Rostou eu vou...



Para quem já foi guerrilheiro, fez plástica e manteve uma identidade secreta até da mulher, existe um jeito muito fácil de escapar de ser preso.



Governo de Israel aprova mobilização de 75 mil reservistas




O governo israelense autorizou nesta sexta-feira à noite a mobilização de 75.000 reservistas do Exército como parte de sua operação contra os grupos armados palestinos de Gaza, anunciou a televisão israelense.


Esta decisão foi tomada ao final de uma reunião em Tel Aviv do gabinete de segurança do governo Netanyahu, composto pelos nove principais ministros, indicou a segunda maior rede de televisão do país. O secretário do governo israelense, Zvi Hauser, havia dito antes que tinha realizado consultas por telefone com os principais ministros para obter este sinal verde.


Mais cedo, o Exército havia anunciado que o processo de convocação de 16.000 soldados reservistas estava em andamento. Na quinta-feira, o ministro da Defesa, Ehud Barak, já havia aprovado a convocação de um contingente de até 30.000 reservistas, que poderiam ser mobilizados a qualquer momento, enquanto os dirigentes israelenses agitavam a ameaça de uma ofensiva terrestre contra a Faixa de Gaza.


No campo de batalha, um jornalista da AFP viu nesta sexta blindados de transportes de tropas e tanques se deslocando perto do posto fronteiriço entre Israel e a Faixa de Gaza. Além disso, o Exército bloqueou nesta sexta-feira à noite todas as rotas principais em torno da Faixa de Gaza, anunciando que elas estão em uma zona militar fechada.


Fonte: Portal terra

Gaza ameaça Jerusalém pela primeira vez


A escalada de violência entre Israel e a faixa de Gaza se expandiu ontem aos arredores de Jerusalém, cidade sede do governo israelense, que, pela primeira vez em duas décadas, acionou seu alerta contra ataques aéreos.

Após mais de 500 ataques em três dias de ofensiva, Israel cogita uma invasão por terra. Ontem o governo autorizou a convocação de até 75 mil soldados da reserva e as principais estradas em torno de Gaza foram fechadas.

Dezesseis mil já receberam o chamado e começaram a se concentrar na divisa com Gaza, no sul. Apesar da preparação, analistas acreditam que Israel não tem interesse numa escalada por terra.

"Israel não vai fazer a paz nem derrubar o Hamas", disse o comentarista político Amnon Abramovitch, sobre o grupo islâmico que controla Gaza. "O objetivo é obter um cessar-fogo prolongado."

Isso pode mudar se Tel Aviv e Jerusalém continuarem na linha de tiro, como nos últimos dois dias. Ontem a grande Tel Aviv voltou a ser alvo de ataque pelo segundo dia seguido. Como na véspera, não houve vítimas.

Segundo a polícia israelense, um foguete disparado de Gaza caiu numa área aberta perto de Gush Etzion, bloco de assentamentos na Cisjordânia ocupada por Israel desde 1967, ao sul de Jerusalém.

Não causou vítimas ou danos e errou por mais de 20 km o Knesset (Parlamento israelense), alvo declarado do Hamas. Mas o foguete quebrou uma barreira psicológica importante ao colocar em alerta o centro de poder israelense.

Foi a primeira vez desde a Guerra do Golfo, em 1991, que o alarme antiaéro soou em Jerusalém. Na época, a cidade foi poupada dos mísseis iraquianos, que tinham na mira a área de Tel Aviv.

Numa demonstração de apoio ao Hamas, o premiê egípcio, Hisham Qandil, visitou a faixa de Gaza e fez fortes críticas à ofensiva israelense, que chamou de "desastre".
Nas três horas da visita, Israel suspendeu os ataques.

A Tunísia anunciou que enviará hoje seu chanceler a Gaza, continuando a caravana de apoio de governos árabes pós-revolucionários.
Enquanto a ofensiva lançada na quarta-feira por Israel contra o Hamas em Gaza se intensifica, assim como a represália palestina, aumentam os temores de que ela repita a guerra de 2008-2009.

Em três dias, a aviação de Israel efetuou mais de 500 ataques em Gaza, a começar pela execução do chefe militar do Hamas, Ahmed Jabari, na quarta. O número de palestinos mortos chegou ontem a 27.

O Exército afirma que a maioria dos alvos é de lançadores de foguetes. A prioridade são os de médio alcance do tipo Fajr, iranianos, que ameaçam Tel Aviv e Jerusalém.
O foguete de ontem foi o primeiro lançado contra Jerusalém desde 1970, quando dois mísseis foram lançados a partir da cidade de Batir.

"Nossa mensagem é curta e simples: não há segurança para nenhum sionista em cada polegada da Palestina, e novas surpresas virão", disse Abu Obeida, porta-voz do braço armado do Hamas.

Israel afirma que restaram poucos foguetes iranianos em poder do Hamas após os ataques recentes, mas o grupo diz que os projéteis recentemente disparados são do tipo M75, fabricados em Gaza.

O fortalecimento do poder de fogo do Hamas e de outros grupos radicais de Gaza nos últimos quatro anos está demonstrado pela potência e quantidade do armamento usado agora. Nos primeiros três dias, cerca de 600 projéteis foram lançados, o equivalente a três semanas da guerra de 2008-2009.

O país voltou a sofrer uma chuva de foguetes, mas quase um terço foi interceptado pelo sistema "Domo de Ferro".

Fonte: Folha

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Testemunha Ocular: Eu Vi o Mensalão Nascer


Sebastião Nery
Tarde de sábado do começo de 2003 no restaurante Piantella, o melhor de Brasília. Lula havia ganho as eleições presidenciais de 2002 contra José Serra e estava em Porto Alegre, com José Dirceu e a cúpula do PT, discutindo com o PT gaúcho a formação do novo governo.
Como fazíamos quase todas as tardes de sextas e sábados, um grupo de jornalistas almoçávamos a um canto, conversando sobre política e o pais.
De repente, entram nervosos, aflitos, os deputados Moreira Franco, Gedel Vieira Lima, Henrique Alves, da direção nacional do PMDB, e começam a discutir baixinho, quase cochichando. Em poucos instantes, chega o deputado Michel Temer, presidente nacional do PMDB. Nem almoçaram. Beberam pouca coisa, deram telefonemas, saíram rápido.
Nada falaram. Acontecera alguma coisa grave. Deviam voltar logo.
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LULA
Só um voltou e contou a bomba política do fim de semana. Antes de viajar para o Rio Grande do Sul, Lula encarregara José Dirceu, coordenador da equipe de transição e já convidado para Chefe da Casa Civil, de negociar com o PMDB o apoio a seu governo, em troca dos ministérios de Minas e Energia, Justiça e Previdência, que seriam entregues a senadores e deputados indicados pelo partido.
Lula já havia dito ao PT que eles não podiam esquecer a lição da derrubada de Collor pelo impeachment, que o senador Amir Lando, do PMDB de Rondonia, relator da CPI de PC Farias, havia definido como uma “quartelada parlamentar”. No Brasil, para governar era preciso ter sempre maioria no Congresso. O PT tinha que fazer as concessões necessárias.
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DIRCEU
O primeiro a ser chamado foi o PMDB, o maior partido da Câmara e do Senado. Lula mandou José Dirceu acertar com o PMDB. Combinaram os três ministérios e ficaram todos felizes. Em Porto Alegre, na primeira noite, Lula encontrou a gula voraz do PT gaúcho, que exigia os ministérios de Minas e Energia, da Justiça e da Previdência. Lula cedeu. Chamou Dirceu e deu ordem para desmanchar o acordo com o PMDB.
Dirceu perguntou como iriam conseguir maioria no Congresso.
- Compra os pequenos partidos, disse Lula a Dirceu. – Fica mais barato.
Dilma virou ministra de Minas e Energia, Tarso Genro da Justiça e Olivio Dutra das Cidades. E assim nasceu o Mensalão.
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O PATRÃO
O advogado do ex-deputado Roberto Jefferson, o brilhante Luiz Francisco Correa Barboza, disse ao Globo:
-“Não só Lula sabia do Mensalão como ordenou toda essa lambança. Não é possível acusar os empregados e deixar o patrão de fora”.
No dia 12 de agosto de 2005, em um pronunciamento, pela TV, a todo o povo brasileiro, Lula pediu “desculpas pelo escândalo”.
Lula é um “cappo”. Os companheiros do partido e governo no banco dos réus e ele, só ele, de fora. Logo ele que é o grande réu, “o réu”.
Dirceu, Roberto Jeferson, Genoino, Delúbio, Silvinho, Marcos Valério, Gushiken, João Paulo Cunha, Valdemar Costa Neto, Professor Luizinho, a malta toda, como disse o Procurador Geral da República, era uma “organização criminosa”, uma “quadrilha” chefiada pelo Dirceu. Mas sob o comando do chefão, Lula.
Quem tinha de estar no banco da frente era ele, “o réu”.
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SUPREMO
Desde 2003, todo ano relembro essa historia. Lula começou dizendo que “não sabia de nada”. Depois, passou para : “Fui traído pelas costas”. E, finalmente, a tese oficial dele e do PT : – “O Mensalão foi uma farsa”.
E Lula arranja ajudantes na desfaçatez para agredir o Supremo. Um gaúcho baixotinho, que ninguém sabe quem era e de onde veio e virou presidente da Câmara dos Deputados, esta semana cuspiu no Supremo:
- “O Mensalão é uma falácia”.
Ele não sabe o que é falácia. Mas cadeia ele sabe. Quando for visitar Dirceu, Genoino, Valério, seus companheiros, na cadeia, vai aprender.
Sebastião Nery é Jornalista
Fonte : Tribuna da Imprensa : terça-feira, 25 de setembro de 2012 e blog do Matosinho