A senadora Ana Amélia (PP-RS) criticou nesta sexta-feira (23) a contratação de 4.000 médicos cubanos pelo governo federal. Ela pediu explicações sobre o acordo firmado com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) para que eles atuem no interior do país por meio do Programa Mais Médicos.
A parlamentar comentou a notícia adiantada pelo Diário do Poder de que os salários desses profissionais não serão pagos diretamente a eles e sim para a ditadura cubana. Dos R$ 10.000 de salário a serem pagos a esses médicos, apenas R$ 1.500 serão entregues aos profissionais, sendo os demais R$ 8.500 destinados ao governo de Cuba. “Isso é precarização do trabalho. O governo federal não está sendo claro e transparente sobre a forma de contratação desses médicos”, afirmou Ana Amélia.
A senadora disse ainda que ouviu procuradores do trabalho que afirmaram existir irregularidades trabalhistas na operacionalização do Programa Mais Médicos. Para ela, o governo brasileiro não tem observado preceitos morais e éticos na contratação de médicos estrangeiros, nem tampouco a situação econômica dos municípios que receberão os profissionais. “ Repassa-se para os municípios, que já estão com situação financeira abalada, mais uma responsabilidade e um compromisso financeiro, embora os municípios estejam desejando melhorar o atendimento médico”, disse.
Ela prometeu ingressar, ainda nesta semana, com um requerimento na Comissão de Assuntos Sociais para convocar o ministro Alexandre Padilha (Saúde) para prestar esclarecimentos sobre as contratações. Além disso, a parlamentar também vai apresentar um pedido na Comissão de Relações Exteriores para realização de audiência pública com representantes de Organização Pan-Americana de Saúde a fim de discutir o acordo firmado entre a entidade e o Ministério da Saúde.
Fonte: diariodopoder.com.br
Charge: Sponholz
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