terça-feira, 1 de março de 2011
DITADORES UNIDOS
O progressista presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, telefonou ao ditador da Líbia, Muamar Kadafi – aquele que está matando seus próprios concidadãos –, para lhe prestar “solidariedade”. Ortega disse que Kadafi está lutando “uma grande batalha” para manter seu país “unido”.
Como se sabe, Ortega é um dos principais líderes da vanguarda chavista, aquela turma que diz estar criando um “novo mundo”, mais “humanista” e “solidário”.
Na mesma linha, Fidel Castro, o ditador de pijama de Cuba, também expressou seus “pensamentos” acerca da crise líbia.
Para ele, é “muito cedo” para criticar Kadafi, porque as notícias sobre a Líbia podem ser mentirosas. O visionário cubano – que, apesar da aposentadoria, mostra que ainda é mestre em distorcer a realidade para adaptá-la às suas fantasias – disse que a crise servirá de pretexto para que a Otan, liderada pelos EUA, invada a Líbia e cometa um “crime contra o povo líbio”.
O CHAVISMO REVELADO
Enquanto o mundo civilizado se mobiliza para pressionar Kadafi, e a ONU diz que é hora de agir para interromper o massacre na Líbia, a Venezuela dá explicitamente apoio ao ditador
Assista o vídeo aqui com o Chanceler venezuelano, Nicolas Maduro, faz um feroz discurso em que elogia Kadafi e sugere que o noticiário sobre a Líbia é mentiroso
A crise líbia dá aos sul-americanos a oportunidade de conhecer o verdadeiro caráter do regime venezuelano, se é que ainda havia alguma dúvida sobre isso. Por trás da retórica da “defesa dos povos”, o governo chavista se alinha justamente a um genocida – e adota a conhecida tática totalitária de negar a realidade, atribuindo a uma conspiração internacional todas as informações que possam contrariar seu discurso.
Será difícil aos simpatizantes de Chávez explicar o elogio do caudilho a Kadafi sem insultar a inteligência alheia.
Mas eles são criativos.
Fonte: Marcos Guterman
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