domingo, 31 de março de 2013

Prefeitura faz propaganda de lei que ainda nem existe




A gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) iniciou ontem a veiculação de uma campanha de mídia sobre uma lei que não existe. No anúncio transmitido por emissoras de rádio, a Prefeitura afirma ter cedido o terreno de uma antiga fábrica na zona leste para a criação de um novo câmpus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Itaquera. Mas o projeto de lei que faz essa concessão só foi aprovado em primeira votação na Câmara Municipal. Após ser questionada sobre o assunto, a Prefeitura tirou o anúncio do ar.

Para virar lei, a proposta deve ser levada novamente a plenário e depois ser sancionada pelo prefeito, o que deve ocorrer ao longo da próxima semana. Segundo a Promotoria do Patrimônio Público, a iniciativa pode ser configurada como improbidade administrativa. Para o Ministério Público Estadual, a administração não pode gastar verba na divulgação de uma inverdade. Um inquérito civil deve ser instaurado pelo órgão para apurar as condições de veiculação da campanha publicitária.

A propaganda de 30 segundos menciona o crescimento da zona leste e a importância de ter na região uma universidade federal. Em seguida, anuncia a doação do terreno. Para a bancada de vereadores que faz oposição ao governo na Câmara, a atitude da Prefeitura sinaliza falta de respeito com o trabalho desenvolvido pelo Legislativo.

"Todos sabemos que o prefeito tem maioria na Casa, mas isso é passar por cima de todos os partidos e do próprio presidente da Câmara (José Américo), que é do PT", reclamou o vereador Floriano Pesaro, líder do PSDB. "O projeto só passou em primeira votação ontem (anteontem). Votamos porque o governo pediu urgência, mas ainda não virou lei."

"Estamos estudando juridicamente o que fazer. Provavelmente vamos entrar com uma representação no Ministério Público. Isso é improbidade e propaganda falsa", disse o vereador.

Em nota, a Prefeitura informou que "já providenciou a correção do erro de inversão detectado na veiculação dos espaços de mídia comprados até o dia 4 para tratar de ações de saúde e educação". Segundo a Prefeitura, o anúncio que deveria ser veiculado era um de saúde.

Na mesma propaganda, a Prefeitura anuncia a doação de outro terreno ao governo federal: uma área em Pirituba, na zona norte, para instalação de um instituto tecnológico. Neste caso, porém, o projeto de lei já foi aprovado em segunda votação e sancionado ontem pelo prefeito.

Fonte:Estadão

quinta-feira, 21 de março de 2013

Um autorama para os irmãos Fidel

Humberto de Luna Freire Filho

A imprensa publicou que o ministro dos esportes, Aldo Rebelo, pede a Bernie Ecclestone, o todo poderoso detentor dos direitos da Formula 1, que inclua Cuba no circuito da categoria e promete que o Brasil construirá um autódromo na ilha.

Inicialmente pensei tratar-se de uma piada. Mas não sendo, apesar de envergonhado, eu acrescentaria ao pedido, que se crie um premiação também para o último colocado. Assim teríamos o Exu de Garanhuns, bêbado, entregando a taça e uma garrafa de 51 a Fidel Castro após ter pilotado um Chevrolet Bel Air azul e branco, ano 1950.

Digníssimo ministro Aldo Rebelo, não seja ridículo e tenha respeito ao cidadão brasileiro, que trabalha pesado e vê seus impostos sendo usados para fazer política suja e alimentar ideologias de botequim por essa imensa quadrilha, que tomou conta do poder e da qual o sr. infelizmente faz parte.

Não admito que meu dinheiro vá para o lixo. Como médico lhe digo que os hospitais da rede pública precisam de novalgina, esparadrapo e fios para suturas, o mínimo que se teria na rede pública de saúde em uma país pobre mas sério, e nós não temos porque não somos um país sério. Somos uma país tocado, em sua grande maioria, por uma leva de bandidos, verdadeiros ratos que infestam os três poderes e se proliferam a cada dia em progressão geométrica.

Fonte:alertatotal.net
Humberto de Luna Freire Filho é Médico.

Zoo vai separar casal de pinguins machos no Canadá

 

Pinguins Buddy (E)e Pedro (D) compartilham o ninho desde que chegaram ao zoológico de Toronto O zoológico de Toronto vai separar um casal de pinguins africanos machos que compartilham o ninho desde que chegaram ao local há cerca de um ano. Mas, como os animais estão entre as espécies ameaçadas de extinção, as autoridades da instituição planejam separar Pedro e Buddy para que possam procriar com fêmeas.

O casal tem o que é conhecido como "ligação social", mas não necessariamente sexual, afirmou Tom Mason, responsável por pássaros e invertebrados do zoológico, nesta quarta-feira. O zoo recebeu centenas de ligações por causa do casal. Mason disse que recebeu até uma chamada de uma pessoa dizendo representar a Sociedade Canadense para Animais Gays, grupo que não pôde ser localizado imediatamente.

 

Por ser uma espécie ameaçada de extinção, zoológico decidiu separá-los para que pinguins possam procriar A história do par homossexual se espalhou pela internet, resultando em vídeos no site YouTube. Programas humorísticos também se aproveitaram da história, com Jimmy Kimmel chamando-a de "Brokeback Iceberg", em referência ao filme Brokeback Mountain, que trata da história de amor de dois homens.

Mas não é assim como parece, disse Mason. "Os pinguins são sociais e precisam de companhia. O grupo em que vieram era de machos solitários esperando pela chance de fazer par com fêmeas", lembrou Mason, que recebeu os animais de um zoológico dos Estados Unidos no início do ano. "Eles formaram um par lá e chegaram assim; é nosso trabalho fazê-los encontrar as fêmeas".

Buddy, de 21 anos, teve uma parceira fêmea por dez anos e produziu crias, mas sua parceira morreu, contou Mason. Já Pedro, de 10 anos, ainda não procriou.
Fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/meioambiente/zoo-vai-separar-casal-de-pinguins-machos-no-canada/n1597363340657.html

quarta-feira, 20 de março de 2013

A paranóia totalitária


A escritora australiana  Anna Funder escreveu um excelente livro, no qual, através de entrevistas com ex-membros da Stasi e algumas de suas vítimas, oferece uma visão de uma sociedade assustadora  em que  a polícia secreta  possuia um número de agentes maior que o próprio exército.
Leia mais abaixo

terça-feira, 19 de março de 2013

Galileu, o que nos ensinou a ver



De passagem por Princeton em 2004, Jerome Silvester confessou em uma entrevista que amava, mais do que a todos os homens de ciência e filósofos do mundo, o célebre físico italiano Galileu Galilei, que provou ser o sol o centro do nosso sistema planetário, contra a opinião conservadora e supersticiosa que pretendia ser a Terra o centro do universo.

Galileu, à esquerda, foi uma inspiração para o dramaturgo Bertold Brecht, que também teve restrições de expressão./Reprodução

Foram três frases tiradas de documentos deixados por Galileu as que mais impressionaram Jerome. "Não podemos", dizia uma delas, rabiscada em meio às perseguições que sofreu pela Inquisição, "ensinar tudo às pessoas, mas podemos, sim, ajudá-las a descobrir quase tudo por elas mesmas". Em outra ocasião ele escreveu: "Todas as verdades são fáceis de entender, desde que sejam percebidas em sua essência. A dificuldade está em percebê-las". Ainda em outro momento, o astrônomo fez este registro: "No que diz respeito ao percebimento, a autoridade de mil homens vale menos que a percepção direta de um único homem".

silvester esteve novamente em Princeton, então para montar uma peça de Bertold Brecht, chamada exatamente Galileu, em que é mostrado o personagem central às voltas com o raciocínio obsessivo e sinuoso de seu carrasco-inquisidor.

Segue-se a isso a reclusão a que o "pai da ciência" foi condenado por nove anos, até a sua morte. O uso inicial do telescópio pelo astrônomo desperta forte antipatia nas autoridades eclesiásticas, que viam nisso um arrogante desafio ao Deus que eles afirmavam estar representando.

Brecht falava de si mesmo e do personagem, pondo nos seus lábios o que teria dito aos fanáticos e medíocres que o interrogavam, falando em nome da devoção e do zelo religioso. O autor da peça intuía que a fraqueza daquele Deus defendido pelos inquisidores era o fato dele ser imaginário, pura projeção do medo daqueles que falavam em seu nome.

Brecht via em Galileu a vaga repetição da sua história pessoal, dividido entre a liberdade interior e a prisão ideológica. Depois da Segunda Guerra, ele perambulou pela Europa em busca de um lugar para viver e acabou, quem diria, na Alemanha Oriental. Nos últimos anos de vida criticou acerbamente o governo de Walter Ulbricht, –que não lhe permitia expressar seu descontantamento com a "ditadura do proletariado", mas o tolerava por sua fama internacional.

Era então inevitável que Brecht voltasse a Galileu, essa pedra no caminho dos inquisidores dos últimos cinco séculos. Era previsível que Jerome Silvester voltasse a montar o Galileu de Brecht, que agora vinha com carga dupla e conteúdo metafórico.

Uma peça anterior dele, O Círculo de Giz Caucasiano, mostra um personagem russo fixado na ideia de fazer uma autocrítica – essa coisa que o autor não faria nos "moldes burgueses" mas sim à feição proletária, verberando o líder comunista alemão Ulbricht quando este se propôs dissolver um partido aliado.

"Melhor dissolver logo o povo", gritava Brecht nos folhetos que assinou em Berlim Oriental, "e arranjar habitantes novos para a Alemanha".

Em um poema datado de 1930, Brecht clama contra o silêncio que pesa sobre um povo petrificado pela propaganda política engajada, aquela mesma que cobra a liberdade e entretanto exerce a opressão. "Mas os homens não dirão: os tempos agora são negros. E sim perguntarão porque os poetas se calam", escreveu Brecht.

Na peça Galileu as cenas vão aos poucos mostrando como raciocina o fanatismo, desafiando a piedade e o bom senso. Primeiro, o pai da ciência moderna e seus fascinados amigos contemplam o telescópio, adiante, num salão de Florença, monges no Colégio Romano comparam novas descobertas a novas heresias. Na casa do Cardeal Bellarmin em Roma, ao lado de Virgínia, filha de Galileu, há um constrangimento que prenuncia o processo e o interrogatório.

Finalmente, numa câmara no Vaticano, o Papa Urbano VIII ouve o cardeal inquisidor e o círculo se fecha. A prisão em uma casa de campo durante nove anos, e afinal a morte natural de Galileu, que viveu os seus últimos anos em profunda meditação – se é possível descrever dessa maneira a vida interior de um homem extraordinariamente dotado.

Pelas mãos de Jerome Silvester, Princeton se deslumbrou com a beleza e o horror da história. E creio que sei porque Jerome colheu aquelas frases de Galileu, fixadas com amor na memória para definir o tom dominante de sua montagem da peça monumental de Brecht.

Isso, se for de fato possível ajudar a entender totalmente aquilo que só entendemos em parte. A essência das verdades que passam por nós nem sempre se consegue guardar como joia no cofre da nossa memória porque ela se desfigura quando escondida. Finalmente, a autoridade com que revestimos nossas escolhas vale muito pouco comparada à beleza delicada e quase infinita de um percebimento instantâneo, que ilumina todo um universo.

Galileu nos ensinou a ver o céu, e com isso a filosofar; Brecht nos ajudou a entendê-lo e Silvester nos faz pensar nisso tudo quando passa por Princeton com sua trupe.

Fonte: dcomercio

Luiz Carlos Lisboa é jornalista, escritor e reside em Princeton (EUA). Algute22@gmail.com

quinta-feira, 14 de março de 2013

Ministros demitidos estão de volta da faxina ética de Dilma



Um ano e meio depois da faxina promovida pela presidente Dilma Rousseff no primeiro escalão do governo, em resposta à crise ética gerada pelas suspeitas de irregularidades em vários ministérios, dois dos sete ministros que caíram estão sendo reabilitados pelo Palácio do Planalto: os presidentes do PR, senador Alfredo Nascimento, e do PDT, Carlos Lupi. Eles foram chamados pela presidente para discutir a prometida reforma ministerial, que será feita para garantir o apoio de todos os partidos da coalizão governista à reeleição, ano que vem.

Dos processos abertos contra os ministros que deixaram o governo em 2011, acusados de irregularidades, poucos andaram. Afora censuras e advertências sem efeito prático na vida pública dos acusados, não houve punições. Alguns inquéritos se arrastam na Justiça.

Além de Nascimento e Lupi, perderam o cargo sob suspeita ao longo de 2011 os ex-ministros Antonio Palocci (Fazenda), Wagner Rossi (Agricultura), Orlando Silva (Esporte), Pedro Novais (Turismo) e Mário Negromonte (Cidades). Todos voltaram à vida política ou empresarial. Como Palocci, que retomou com força sua atividade de consultor — motivo da demissão —, assumindo recentemente um trabalho para o grupo CAOA, que controla a Hyundai no Brasil.

Mas o ex-todo poderoso ministro do governo petista não tem mantido atuação político-partidária. Deputados petistas, inclusive os paulistas, afirmam que nunca mais falaram com Palocci. Ele tem se mantido tão distante da política que sequer apareceu para votar na eleição de Ribeirão Preto, no ano passado.

Outro que também está sumido da política é o peemedebista Wagner Rossi, que optou por uma discreta passagem na convenção nacional do PMDB que reelegeu Michel Temer, no fim de semana passado. Na Câmara, Negromonte e Novais mergulharam no ostracismo e se escondem na multidão de 513 parlamentares. Orlando Silva continua na política, como vereador em São Paulo pelo PCdoB. Quem conseguiu se recolocar na órbita de Dilma deve essa retomada ao poder que exerce em seus partidos.

— Acho que a presidente sentiu saudade de mim. O partido teve muita resistência à forma como foi conduzida (a minha sucessão), se sentiu desprestigiado. Agora voltamos a conversar. A presidente está mais solta, mais destravada, mais politizada — contou Alfredo Nascimento, que já esteve com Dilma três vezes este ano.

— A presidente quer uma aproximação maior da bancada do PDT, falou da nossa história comum — confirma Lupi, que responde ação civil pública por improbidade administrativa por ter pego carona no avião de um empresário com negócios no ministério. — Daquilo tudo, o que ficou foi o “eu te amo Dilma”. Muitos me encontram na rua e gritam “eu também te amo”.
Contra Negromonte e Orlando Silva investigações da Comissão de Ética foram arquivadas por falta de provas.

— Eu me sinto injustiçado porque sei que não há nada contra mim — disse Orlando
— Mantenho minha atuação como parlamentar, mas estou desencantado. Vasculharam tudo, fizeram papel de FBI e não encontraram nada — disse Negromonte.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/ministros-demitidos-estao-de-volta-da-faxina-etica-de-dilma-7794170#ixzz2NX4Lvttj

quarta-feira, 13 de março de 2013

Farra com o dinheiro público: Em 2 anos de governo, Dilma gasta com festas mais que o dobro do que FHC em 4 anos



Governo festeiro. É assim que o portal Contas Abertas classificou o governo da presidente Dilma Rousseff após divulgarem os gastos de sua gestão com festas e homenagens. Pasmem, a presidente gastou em apenas 2 anos de mandato mais que o dobro do que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso gastou nos quatro anos do seu último governo.

Em números, foram R$ 131,7 milhões que a presidente Dilma investiu em festas e homenagens em 2011 e 2012 contra R$ 58,3 milhões gastos por FHC de 1999 a 2002. A festança de Dilma bateu recorde até dentro da própria administração do PT. Enquanto o ex-presidente Lula desembolsou R$ 144,6 milhões entre 2007 e 2010, a atual presidente já utilizou 91,1% desse valor em apenas dois anos de governo, o que significa montante de R$ 131,7 milhões.

Gastos nas gestões Dilma, Lula e FHC - Fonte: Contas Abertas
Os gastos destinados a homenagens e festividades são, na avaliação do deputado João Leite (PSDB), legítimos, mas ele alega que a aplicação dos recursos deve ser transparente, sem que haja distorções da sua finalidade. “O que percebemos claramente é uma distorção de prioridades na aplicação dos recursos públicos”, afirmou o deputado que pertence ao Bloco Transparência e Resultado da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (PSDB).


João Leite compara as altas cifras investidas em festas ao que o governo do PT aplica de recursos em áreas prioritárias para os brasileiros, como saúde por exemplo. “Um valor expressivo do dinheiro do povo ao invés de estar sendo aplicado no social, minimizando o sofrimento das pessoas que estão nas filas do SUS, está sendo utilizado para fazer propaganda, para seduzir pessoas de destaque na sociedade pela vaidade”, criticou.

O órgão líder do ranking de gastos, conforme divulgou o jornal O Globo, foi a Fundação Nacional da Arte (Funarte), subordinada ao Ministério da Cultura, que gastou R$ 11,3 milhões em 2012. O maior dos contratos foi firmado com a “Romepar Consultoria, Representações e Participações”, do Rio de Janeiro. Foram desembolsados R$ 1 milhão para a comemoração do ano “Brasil em Portugal”.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Mui Amigo


Soa como piada a mensagem de condolências da Presidenta Dilma, classificando Hugo Chávez como “amigo do Brasil”.

Ele morre deixando uma dívida de US$ 14 bilhões de dólares da Venezuela com o nosso BNDES, e uma promessa de investimento nunca concretizada pela PDVSA no superfaturado negócio da refinaria Abreu e Lima, com a Petrobrás, em terras pernambucanas.

De amigos assim, como diria o caboclo, o inferno está superlotado...

A Farsa de Hugo Chavez



Talvez por esquizofrenia, deficiência mental ou falta de caráter, aqueles que pensam e agem de maneira burra, radicalóide e sem ética, se dizendo socialistas, comunistas, fascistas, nazistas, etc, costumam atentar contra a Verdade – definida como realidade universal permanente. Mas os bolivarianos exageraram na dose da mistificação na gestão da morte do mito Hugo Chávez Frias.

Nos meios diplomáticos e na área de inteligência militar argentina circula uma informação 1-A-1 acerca dos procedimentos ante e pós fúnebres do Presidente e revolucionário inventor da República Bolivariana da Venezuela. A revelação bombástica é que o corpo exibido, cheio de sigilo e segurança, em um super-caixão lacrado, não é de um ser humano normal, deformado por um terrível câncer. O cadáver seria um boneco de cera. O simulacro de um Chávez “embalsamado”.

A surpreendente descoberta de que o corpo no faraônico féretro bolivariano não correspondia ao Hugo Chávez original foi da “Presidenta” da Argentina Cristina Kirchner. A grande amiga de Chávez estava escalada para fazer o mais emocionado discurso politico do velório. No entanto, Cristina se sentiu enganada no momento em que chegou perto do defunto. Ficou tão revoltada e contrariada que arranjou uma desculpa esfarrapada para voltar urgentemente a seu país – deixando até sem carona o presidente uruguaio José Mujica, que com ela veio até Caracas.

A explicação bombástica para o retorno súbito de Cristina é relatada pela inteligência militar argentina. Cristina teve um choque emocional quando se viu envolvida na farsa bolivariana montada para o velório de Chávez. Não acreditando no que seus olhos lhe mostravam, Cristina escalou uma oficial ajudante-de-ordens para investigar, de imediato, se não estaria diante de uma “brincadeira de mau gosto com a morte de alguém que lhe era muito querido”.

A oficial argentina interpelou um alto-membro do Exército pessoal de Chávez – que praticamente confessou a armação: ali não estava o corpo original do amado comandante. A militar transmitiu a informação imediatamente para Cristina – que surtou. Saiu esbravejando do Velório para o hotel, avisando que não mais faria o discurso para um boneco. O presidente imposto da Venezuela, Nicolas Maduro, tentou convencê-la do contrário, sem sucesso. Cristina voltou voando para casa.

A Presidenta Dilma Rousseff, que levava o ex Luiz Inácio a tiracolo, foi informada do incidente. Dilma e Lula deram uma breve olhada no caixão de Chávez, conversaram rapidamente com os presentes, e também foram embora o mais depressa possível – alegando coisas urgentes a serem resolvidas no Brasil. A exemplo de Cristina, não quiseram participar da farsa completa do sepultamento daquele que era o líder operacional-militar do Foro de São Paulo (organização que reúne as esquerdas revolucionárias, guerrilheiras ou simplesmente gramcistas na América Latina e Caribe).

Leia o Texto na Íntegra aqui

Fonte:alertatotal.net

segunda-feira, 4 de março de 2013

Tão Parecido!


Lula, aliás Lincoln


O Estado de S.Paulo

Lula deu agora para se comparar com Abraham Lincoln. A maior afinidade com o presidente responsável pela abolição da escravatura nos Estados Unidos, Lula a vê diretamente relacionada com a postura crítica da imprensa em relação a ambos: "Esses dias eu estava lendo o livro do Lincoln. E fiquei impressionado como a imprensa batia no Lincoln em 1860, igualzinho bate em mim".

Com seu habitual descompromisso com a seriedade, Lula pretendeu ombrear-se com um dos maiores vultos da História e, ao mesmo tempo, mais uma vez desqualificar o trabalho da imprensa, a quem acusa do imperdoável crime de frequentemente contrariar suas opiniões e interesses. Foi um dos melhores momentos de seu show de meia hora durante as comemorações dos 30 anos da CUT, na última quarta-feira em São Paulo.

Essa nova bravata do Grande Chefe do Partido dos Trabalhadores (PT) não chega a ser novidade. É apenas mais uma a enriquecer a já alentada antologia das melhores pérolas de seu sofisticado pensamento político-filosófico. Novidade é a revelação de que Lula anda lendo livros. Confessou-o explicitamente, em tom de blague, dirigindo-se ao ministro Gilberto Carvalho, que fazia parte da mesa. "Estou lendo muito agora, viu Gilberto? Só do Ricardo Kotscho e do Frei Betto, li mais de 300", exagerou, em simpática referência a dois ex-colaboradores com quem já manteve relações mais estreitas.

Depois de falar mal da imprensa, Lula sugeriu que, diante da "falta de espaço" para as questões de interesse dos assalariados na mídia "conservadora", os sindicatos de trabalhadores se articulem para ampliar e tornar mais eficazes seus próprios meios de comunicação.

Uma recomendação um tanto ociosa, pelo menos do que diz respeito à CUT, que dispõe de uma ampla rede de comunicação integrada por uma emissora de televisão, três de rádio, dois sites de notícias, dois jornais e uma revista mensal. Mas o verdadeiro problema não é exatamente a existência ou não de veículos de comunicação abertos às questões de interesse das organizações sindicais, mas o nível de credibilidade e, consequentemente, de audiência e leitura desses veículos.

Na verdade, o que o lulopetismo ambiciona para a consolidação de seu projeto de poder é dispor de mecanismos de controle da grande mídia, dos jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão que atingem o grande público e por essa razão têm maior peso na formação de opinião. Por entenderem que a maior parte da grande mídia está comprometida com interesses das "elites" e, por essa razão, é "antidemocrática", o PT e seus aliados à esquerda defendem a criação de mecanismos que permitam a "democratização dos meios de comunicação".

Trata-se de um argumento absolutamente falacioso, pela razão óbvia de que, se a grande mídia tivesse realmente o viés que lhe é atribuído pela companheirada, o petismo, que se diz discriminado e perseguido por ela, não venceria três eleições presidenciais consecutivas e não estaria comemorando 10 anos de hegemonia política no plano federal.

Ocorre que o pouco que existe de pensamento político em Lula e seus companheiros está hoje quase todo vinculado estritamente à garantia das vantagens materiais que o poder proporciona. O que vai além disso se deixou impregnar pelo autoritarismo que sustenta regimes como os do Irã, Coreia do Norte e China, no Oriente, e Cuba e as repúblicas "bolivarianas" da Venezuela, Equador, Bolívia e Nicarágua, no Ocidente. Ou seja, as autocracias às quais a diplomacia do governo petista se aliou.

Lula, a bem da verdade, não tem formação marxista - ou qualquer outra. Foi sempre um pragmático, avesso a dogmatismos. Forjado na luta sindical, seu pensamento se resume ao confronto de interesses entre empregados e patrões. O resultado desse pragmatismo é a indigência de valores que, como nunca antes na história deste país, predomina hoje na vida política nacional e tem seu melhor exemplo no nosso desmoralizado Parlamento.

Mas Lula é líder popular consagrado, glória que lhe subiu à cabeça e lhe permite acreditar no que quiser, inclusive que se parece com Abraham Lincoln.

Fonte:Estadão
Foto: Capa do Diário do Comércio

Uma estratégia fora do tempo


Washington Novaes 

É difícil até de acreditar que estejam ocorrendo simultaneamente fatos tão esdrúxulos na área energética brasileira como os que têm sido estampados diariamente pela comunicação. Mas que refletem como estamos perdidos em nossa estratégia - ou falta dela - nesse setor vital. E como estamos perdendo um tempo e recursos que nos custarão muito caro.

Em meio às notícias sobre apagões e disputas de concessionárias com a área federal de energia, ficamos sabendo (Folha de S.Paulo,14/2) que o governo "prepara uma mudança" em que, "para não ficar tão dependente das hidrelétricas" e de eventuais baixas no seu sistema de reservatórios de água, vai pôr as usinas térmicas para funcionar ao lado das hidráulicas, "em um sistema híbrido ou hidrotérmico". E isso poderá ser feito até com uso de carvão mineral ou de novos projetos de usinas nucleares.

Como? - perguntará o cidadão. Usinas a carvão não constituem o formato que mais poluentes emite, nesta hora de tanto temor com aquecimento da atmosfera e mudanças climáticas? Não são de energia muito mais cara até que a de turbinas eólicas, das quais temos muitas dezenas já implantadas e sem funcionar - porque o governo não constrói as linhas de transmissão? Não há térmicas a óleo diesel com custo de geração até dez vezes mais alto que o das as eólicas? Usinas nucleares não estão sendo desativadas na Alemanha, no Japão e em outros países, por causa da insegurança e da falta de destino para o lixo nuclear produzido em seus reatores?

Não é só. Informa-se também que agora, mais de duas décadas depois da construção da usina de Tucuruí, se decidiu construir (a que custo?) a linha de transmissão que afinal levará sua energia do Pará para o Amapá e o Amazonas - depois de esses Estados passarem décadas consumindo energia gerada pelo caro e poluente óleo diesel, para podermos destinar grande parte (a cada hora se fornece um número) da energia de Tucuruí a empresas de outros países produtoras de alumínio e ferro gusa. Parte delas foi fechada em sua origem e veio para cá exatamente para se beneficiar dos preços subsidiados da energia de Tucuruí. Agora não se sabe quanto custará a linha de transmissão rumo ao norte, que terá de partir de um ponto 300 quilômetros ao sul de Belém e cruzar grandes distâncias, depois de ultrapassar o Rio Amazonas (por cima? Por baixo? A que preço?).

Enquanto isso, informa a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) que, tal como já ocorreu em 2012, o atraso na construção de linhas de transmissão de energia impedirá que novos parques eólicos comecem a operar este ano (Folha de S.Paulo, 4/1) - e isso custará R$ 600 milhões mais aos consumidores. Porque as usinas eólicas construídas e que não podem operar recebem da mesma forma do governo, além de o consumidor pagar mais caro pela energia de termoelétricas. E isso quando as eólicas passaram a dominar os leilões de energia do governo federal em 2012 (10 de 12 projetos). Porque o preço médio da energia que fornecerão ficará em R$ 87,94 por megawatt/hora (MWh), mais barato até que o de hidrelétricas.

Trocar energia eólica por termoelétrica não condiz com as insistentes advertências que nos chegam de toda parte. Ainda há pouco um diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse no Fórum Econômico de Davos (mercadoetico, 12/2) que "as próximas gerações serão assadas, tostadas, fritas e grelhadas" se não formos competentes para lidar com as questões do clima. E o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Jim Yong Kim, acrescenta que "o aquecimento põe em risco o desenvolvimento de outros setores, inclusive o econômico".

Mas nós seguimos agravando nosso déficit na balança comercial importando mais insumos energéticos, como petróleo, gasolina, diesel, querosene de aviação, até etanol. Enquanto isso, o presidente Barack Obama - apesar das contradições internas dos Estados Unidos nesse tema - coloca a questão do clima como um dos tópicos centrais de sua mensagem de início de mandato: "Os seres humano estão influenciando mudanças no clima de forma sem precedentes; em 50 anos a temperatura terrestre subirá 2 graus Celsius; as chuvas, 5%; o nível do mar, 8 polegadas; e as populações mais vulneráveis serão as pobres e indígenas". Chegou a dar um ultimato ao Congresso: ou ele aprova um plano para reduzir as emissões, "ou a Casa Branca irá sozinha". 

Segundo o presidente, "podemos acreditar que a supertempestade Sandy, a mais severa seca em uma década, os piores incêndios florestais são apenas coincidência. Ou acreditar no esmagador julgamento da ciência - e agir antes que seja tarde" (Reuters). É evidente que há e haverá contradições, com os Estados Unidos, enquanto isso, voltados para gigantescos projetos na área de combustíveis fósseis, especialmente os da extração em rochas de xisto e no Ártico. Mas não anulam as advertências.

No Brasil, "o governo está desmantelando o sistema elétrico", diz Roberto D'Araujo, do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético (Ilumina) - citado por Mário Osava em Inter Press Service (IPS), 8/2. Enquanto isso, os preços da energia dobraram desde 1995 e os subsídios aos combustíveis em geral chegaram a US$ 2 bilhões mensais. 

Nesse quadro, a Petrobrás, já às voltas com os graves problemas mencionados há pouco por sua presidente, não consegue discutir com a sociedade como será a polêmica exploração da camada pré-sal (que tem isso que ver com a retórica oficial do governo de reduzir as emissões e aceitar compromissos na área do clima?). Que tecnologias pretende utilizar? A que custos financeiros? E com que riscos ambientais, para os quais tem sido alertada? Quanto custaria o petróleo, sabidamente de alto teor de enxofre e problemática emissão? Quem o compraria, nessas condições?

E assim vamos, com grande parte do mundo (Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Japão, até a Arábia Saudita) caminhando a largos passos para as energias eólica e solar, enquanto por aqui ficamos enredados na confusão, nos apagões, em mais custos, etc.

Fonte:Estadão

Furacão sobre Cuba




Grande parte dos neurônios da esquerda triunfante brasilera foram irremediavelmente perdidos na Guerra Fria.Com seus aliados cubanos, ela nos jogou no século passado, durante a visita da blogueira Yoani Sanchez.
Sartre pediria uma dose de absinto para compreender que outro furacão ameaça Cuba: a revolução digital.
Karl Marx precisaria de boas almofadas para acomodar seus furúnculos no bumbum, ao constatar que uma ditadura comunista não resiste ao avanço tecnológico e científico da humanidade.

Cuba e Venezuela estão ligados por fibra ótica. De um ponto de vista técnico, a ilha poderia estar toda conectada com o mundo e através da criatividade e boa educação de seu povo achar novos caminhos para superar seu atraso econômico.
O instrumento não pode ser usado em sua amplitude porque ameaça a estabilidade do governo. Para que o governo exista, o atraso precisa sobreviver.
Yoani Sanchez não é a primeira voz dissidente em Cuba. Mas foi a que melhor usou a conexão com o mundo não só para divulgar seus artigos mas para garantir algum nível de proteção diante da burocracia.

De longe, com seus cabelos longos, saias compridas, pode sugerir aquela personagem, que sobe no fio e desanda a fazer milagre no filme Teorema de Pasolini.
Mas é articulada, responde a todas as perguntas, mesmo as mais provocativas, e certamente, também foi arrastada para o século passado, com aquelas pessoas gritando palavras de ordem.

Digo isso, porque no seu blog confessou que a experiência com os militantes brasileiros a lembrou de coisas parecidas em Cuba, sobretudo os gritos de traidora contra uma vizinha que iria para o porto de Muriel naquela grande debandada permitida pelo governo.

Numa entrevista, ressaltou que nem os jovens cubanos usam mais a expressão ianque. Um forte cheiro de naftalina exalou não apenas dos cartazes e dos gritos mas de toda a história da campanha organizada pela Embaixada cubana, com apoio do batalhão digital do PT.

O curioso é que dentre aqueles cartazes, havia um que Yoani empunharia com naturalidade: o que pede o fim do embargo econômico contra a ilha.

O problema é o bloqueio mental porque torna mais denso o cerco econômico. A manobra articulada pelos cubanos e seus aliados na esquerda é típica de estrategistas que perderam o contato com a realidade. Constantemente obtem o oposto de que projetaram.

A campanha contra Yoani ampliou a repercussão de sua visita ao Brasil e estendeu o halo de simpatia em torno de uma pessoa que luta pela liberdade de expressão.
Em todos os contatos espontâneos, ela recebeu carinho no Brasil. Isso talvez tenha mostrado rapidamente a uma estrangeira que nossa política externa expressa a vontade de um partido dominante, mas não a vontade nacional.

Os neurônios perdidos na Guerra Fria fazem uma enorme falta à esquerda no poder. Por que não contestar com argumentos a luta pela liberdade de expressão num regime ditatorial?
Simplesmente porque a burocracia cubana e agora a brasileira já não se dispõem ao debate mas apenas à desqualificação dos que divergem delas.

No livro de Reinaldo Arenas, Antes que Anoiteça, segui emocionado alguns lances do aniquilamento de uma geração de intelectuais e poetas pelas forças da repressão.
Percebi que tanto nele, como em Raul Rivero e mesmo em Juan Pedro Gutierrez, que vive em Havana, existe um grande vinculo com a vida, com os sentidos, e intui que talvez venha dai a força para prosseguir adiante apesar da aspereza do cotidiano numa ditadura.

No dossiê que os burocratas cubanos prepararam contra Yoani constava que ela gosta de comer bananas e, as vezes, tomar cerveja com os amigos.
O último fim de semana dela foi passado no Rio. Deve ter percebido que o crime que atribuem a ela é uma delinqüência de massa, com tanta gente tomando cerveja num domingo de muito calor

A burocracia investe contra isso não apenas pela cerveja ou mesmo pelas bananas. Ela investe contra o prazer, contra a vida, da mesma forma que investiu contra os antecessores de Yoani.
Esse é o núcleo indestrutível que ela não consegue alcançar. Suas táticas puritanas no Brasil então não tem a mínima chance de prosperar.

Yes, nós temos bananas. O Brasil não é apenas um grupo de caras de barba vociferando nas ruas e nos blogs. A passagem de Yoani foi uma contribuição nacional para iluminar a realidade cubana e dissipar a aura de romantismo em torno da revolução.

Os adversários ajudaram, é verdade. Os adversários fizeram a parte do leão, admito. Se continuo nesse tom acabo me empolgando e escrevendo que os adversários são bons companheiros, ninguém pode negar.
Em alguns momentos você pode errar de século ou mesmo de alvo. Os seqüestradores do embaixador americano, em setembro de 69, quase o confundiram com o embaixador de Portugal.

Quando houve um quebra pau em Minas, na passagem do Brizola por BH, um pouco antes do golpe de 64, José Maria Rabelo era protegido por um segurança que socava todo mundo aos gritos de vamos acabar com esses comunistas.

José Maria o agarrou pelos braços e disse: comunistas somos nós, comunistas somos nós. E ele respondeu: ah, bem.A recepção que os cubanos e petistas eletrônicos deram a Yoani não tem a graça do século passado. É um equívoco que envolve o destino de 11 milhões de cubanos e a reputação internacional do Brasil.

No passado, pelo menos havia alguma imaginação. Se um dia a esquerda encastelada no poder for obrigada a voltar a lutar nas ruas por uma causa justa, ela estará perdida.
Imaginem quem será convencido por um grupo de pessoas, narizes de palhaço, gritando coisas do século passado.

Não descobriam que o século passou, levou consigo a juventude hitlerista os guardas vermelhos deixando-nos apenas com uns estridentes palhaços chamando de traidora uma jovem mulher cuja vida é o exercício de liberdade.
Eduardo Suplicy bem que tentou fazê-los discutir, mostrar que tudo aquilo era absurdo. O embaixador cubano chegou a perguntar se o senador não era da CIA.
Suplicy da CIA? Só quem não o conhece poderia pensar nisso, E quem conhece um pouco a CIA sabe que, apesar de todas as suas loucuras, não seria ousada a esse ponto.

domingo, 3 de março de 2013

Filme: O Escarlate e o Negro


Sinopse: A verdadeira história do Monsenhor Hugh O'Flaherty (Gregory Peck), um corajoso padre irlandês que trabalhava no Vaticano durante a ocupação alemã, na Segunda Guerra Mundial. O Monsenhor devota todo o seu tempo e energia para esconder refugiados e Aliados, construindo uma rede de centenas de pessoas que o ajudam em seus esforços. O chefe local da Gestapo, Coronel Kappler (Christopher Plummer), descobre as atividades do O'FIaherry. O padre possui imunidade diplomática devido aos serviços prestados ao Vaticano, mas o coronel ordena a sua captura e morte, caso seja visto fora de lá. Apesar desses abusos, o Papa Pio XII permanece indiferente, insistindo na neutralidade da Igreja. Arriscando a própria vida e trabalhando junto à uma valente viúva de um aristocrata, o padre se utilizará até de disfarces para conseguir escapar e voltar ao Vaticano sem que seja reconhecido, e continuará sua perigosa missão até que, finalmente, Roma seja libertada, e milhares de pessoas sejam salvas da morte.

sexta-feira, 1 de março de 2013

‘Em Cuba, erraram diagnóstico e tratamento de Chávez’, diz médico venezuelano



Em entrevista ao jornal venezuelano “El Nacional”, o médico venezuelano José Rafael Marquina, que se tornou famoso por revelar detalhes sobre a saúde do presidente Hugo Chávez em sua conta no Twitter, disse que se manteve a par do estado de saúde do líder através de relatos de parentes próximos ao chefe de Estado, pois temia que o governante não recebesse a assistência médica adequada.

— E esses temores não eram infundados, pois em Cuba erraram o diagnóstico e o tratamento de Chávez — disse o especialista em pneumologia.

O médico, que vive nos Estados Unidos, também afirmou que o retorno do presidente à Venezuela não simboliza qualquer melhora, apenas que a doença se tornou terminal e que os cuidados intensivos são inúteis.

Marquina disse que se recusa a ser “um agente da CIA ou algo assim”. Ele ainda afirmou que muitas outras pessoas, de dentro e de fora na Venezuela, sabiam da informação que ele divulgou na internet.

— A diferença, creio eu, é que eu não tenho medo — declarou por telefone ao veículo venezuelano. — Muitas pessoas dentro chavismo me confirmaram as informações que comecei a divulgar e me incentivaram a continuar fazendo isso.

De acordo com o médico, a preocupação em torno do estado de saúde do líder político aumentou quando se descobriu que sua doença não se tratava de um câncer de cólon, como os médicos cubanos haviam diagnosticado inicialmente, mas um rabdomiossarcoma no músculo psoas (localizado na cavidade pélvica).

— O tumor não foi tratado como deveria. Deram [a Chávez] medicamentos de quimioterapia para o câncer de cólon. O rabdomiossarcoma responde muito melhor à radioterapia do que à quimioterapia. Ao alterar o tratamento, há riscos de que ocorra uma mutação no tumor e que ele se torne resistente. O tratamento inicial não serviu para nada. Houve uma recidiva em tempo recorde — comentou Marquina.

O pneumologista afirmou que o hospital MD Anderson Cancer Center, em Houston, seria o melhor lugar para tratar esse tipo de câncer, já que os médicos do local são especialistas no assunto.

— Os médicos são avaliados pela experiência que eles têm. Eu não estou questionando a qualidade dos médicos cubanos, mas a sua falta de experiência — enfatizou, confirmando que, em Havana, havia apenas médicos cubanos tratanto o presidente venezuelano.

Após descrever as quatro cirurgias pelas quais Chávez passou, Marquina disse que, provavelmente, o presidente perdeu a capacidade física para governar em setembro de 2012, “quando se mostrou mais fraco”.

— Muito provavelmente Chávez está deprimido e, nesse estado, não pode tomar decisões.

Marquina concluiu sua linha de pensamento com um prognóstico mórbido:

— Neste momento, não há cura, apenas o tratamento paliativo para a dor. Chávez tem uma doença terminal e que é irreversível.

Fonte: O Globo