domingo, 22 de setembro de 2013

Em 13 anos O governo Petista não fez nada em relação a falta de Água no Brasil


Papa Abre a Igreja a Gay, Divorciado e a Mulher que Abortou



Marcelo Godoy - O Estado de São paulo


SÃO PAULO - O papa Francisco abriu a Igreja Católica para homossexuais, divorciados e para as mulheres que fizeram o aborto. "A religião tem o direito de exprimir sua opinião própria a serviço das pessoas, mas Deus na criação nos fez livres: a ingerência espiritual na vida das pessoas não é possível", disse o papa em entrevista ao padre Antonio Spadaro, feita em agosto e publicada nesta quinta-feira, 19, pela revista jesuíta italiana La Civiltà Cattolica. "Não podemos insistir somente sobre as questões ligadas ao aborto, matrimônio homossexual e ao uso de contraceptivos. Isso não é possível." A reforma mais importante para ele, não é, pois, a administrativa da Igreja. Mas a que deve abrir a Igreja aos feridos. "Eu vejo a Igreja como um hospital de campanha depois de uma batalha." Para Francisco, a Igreja deve "encontrar uma novo equilíbrio". "De outra forma até o edifício moral da Igreja corre risco de cair como uma castelo de cartas e de perder a frescura e o perfume do Evangelho."


Em julho, no voo de volta a Roma, depois de participar da Jornada Mundial da Juventude no Rio, o papa já havia surpreendido ao afirmar que o catecismo da Igreja "diz que eles (gays) não devem ser discriminados por causa disso, mas devem ser integrados na sociedade." "Quem sou eu para julgar os gays", afirmou então.

A seguir os principais trechos da entrevista.Clique abaixo

Marretando as Contas



O Estado de S.Paulo


A marreta será de novo o grande instrumento da contabilidade federal, em 2014, a julgar pela proposta de lei orçamentária apresentada na quinta-feira pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Míriam Belchior. Os resultados finais serão mais uma vez, como neste ano e nos anos anteriores, ajustados a pancadas para se ajustar à promessa de seriedade no manejo das contas públicas.

O governo definiu para o próximo ano um superávit primário de R$ 167,4 bilhões, soma equivalente a 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado. Mas o resultado efetivo poderá ficar em apenas R$ 109,4 bilhões e tudo estará muito certo e dentro dos conformes, segundo os números divulgados e comentados em entrevista coletiva em Brasília.

O ministro Mantega ainda ensaiou uma ressalva, com a promessa de tentar o melhor resultado possível, se a economia mundial for mais favorável, mas a experiência e o bom senso proíbem levar a sério esse comentário. O cálculo do resultado primário inclui receitas e despesas normais da administração e desconsidera os custos da dívida pública. O superávit primário é normalmente usado, no Brasil, para o pagamento de juros devidos pelo Tesouro.

O roteiro para encolher a meta primária como se tudo estivesse normal é resumido num quadrinho muito simples e um tanto incompleto. Para produzir o resultado maior, o governo central deve contribuir com uma economia de R$ 116,1 bilhões (2,2% do PIB) e os governos estaduais e municipais, juntamente com suas empresas, devem participar com R$ 51,3 bilhões (1% do PIB). Nesse esquema, a contribuição das empresas federais é nula. Mas o projeto já prevê para o governo central um abatimento, por conta de investimentos, de R$ 58 bilhões, metade do valor fixado originalmente.

Com isso, a parcela federal fica reduzida a 1,1% do PIB. Refeita a soma - R$ 58,1 bilhões mais R$ 51,3 bilhões - chega-se ao compromisso final, R$ 109,4 bilhões, 2,1% do PIB.

A marretagem fica ainda mais notável quando se examinam alguns detalhes incluídos em outros quadros. Está prevista para o próximo ano uma receita de R$ 21 bilhões (0,5% do PIB), correspondente a dividendos pagos ao Tesouro por estatais. Isso representará 36% do resultado primário de R$ 58,1 bilhões programado, depois do desconto, para o poder central. Esses pagamentos poderão ser pouco menores que os estimados para este ano (R$ 22 bilhões), mas seu peso no resultado final continuará muito importante. Na prática, espera-se, portanto, uma ajuda considerável de empresas controladas pela União.

Dividendos já entraram muitas vezes na composição do saldo primário, mas nunca foram importantes como têm sido para o atual governo. Royalties e participações especiais também facilitarão o fechamento das contas, como em 2013.

Além de reduzir a meta, o governo tem recorrido cada vez mais a essas receitas para acertar seu balanço. Isso o dispensa de um controle efetivo do custeio, de uma programação eficiente de investimentos e de um esforço para aperfeiçoar a administração.

Além disso, é imprudência usar receitas extraordinárias, mais instáveis que as de impostos e contribuições, para custear gastos permanentes.

Como sinais de boa administração, o ministro mencionou a redução, proporcionalmente ao PIB, dos gastos com juros e a estabilidade da folha de pessoal. Mas os juros voltaram a subir, por causa da inflação, e a dívida bruta continua crescendo. Depois, a expansão da folha superou a inflação durante vários anos, sem melhora correspondente dos serviços públicos.

Para montar a proposta de orçamento, o governo tomou como hipóteses uma inflação de 5% e um crescimento de 4% para o PIB. Mas uma expansão de 4% ainda é um objetivo ambicioso, segundo Mantega, diante de um quadro internacional ainda complicado.

Ele insiste em atribuir a estagnação brasileira a fatores externos. Mas o Brasil poderia exibir um dinamismo bem maior, como outros emergentes, se o governo errasse menos. Este é um dado reconhecido no País e no exterior.

Agressor de animal é mais propenso a cometer crime




Quem tem propensão à violência pode praticá-la tanto contra humanos como contra animais. Essa é uma das conclusões do estudo feito pelo chefe de operações da Polícia Militar Ambiental paulista, o capitão Marcelo Robis Nassaro. Ele analisou uma a uma as 643 autuações no Estado entre 2010 e 2012 por maus-tratos a animais para seu mestrado em Ciências de Segurança e Ordem Pública, defendido em março. O assunto virou livro, Maus Tratos Aos Animais e Violência Contra Pessoas, que ele lança hoje.

Nassaro inspirou-se em um estudo americano para desenvolver sua pesquisa. Lá, com base em entrevistas realizadas com serial killers, policiais chegaram à conclusão de que assassinos tinham em comum um passado de agressão a animais. “Quando soube disso, passei a entender a questão de maus-tratos a animais não só como algo ideológico, de defesa dos bichos, mas também como questão de segurança pública.”

Ele entrou em contato com autores da pesquisa americana, tirou dúvidas de metodologia e decidiu aplicá-la ao contexto brasileiro. Mas, aqui, inverteu a perspectiva: em vez de focar nos assassinos, puxou a ficha dos agressores de animais. E notou que muitos haviam se envolvido em outros crimes.

“Dos 643 autuados entre 2010 e 2012 por maus-tratos a animais, 204 têm outros registros criminais e praticaram um total de 595 crimes.” Entre esses, um número alto envolve violência – são 110 lesões corporais, 42 portes ilegais de armas, 21 homicídios ou tentativas, 14 ameaças e 12 roubos.

Nassaro conseguiu identificar o perfil médio do agressor a animais. “Noventa por cento deles são homens, com média etária de 43 anos.” A maioria dos casos (73%) envolve animais domésticos – mas o capitão acredita que haja subnotificação nos casos ocorridos nas zonas rurais. Considerando as espécies animais, a lista de vítimas é liderada por galos (por causa das rinhas), seguidos de cachorros, gatos, aves e cavalos.

Lições. O capitão espera que seu estudo sirva como embasamento teórico para que o atendimento prestado pela polícia a essas ocorrências seja melhor. “Fica claro que atender a esses casos é questão de prevenção com relação a outros crimes. E, como muitos casos de maus-tratos ocorrem na família, com crianças assistindo cenas de crueldade, também há a preocupação com a formação de futuros criminosos, gente que cresceu nesse ambiente”, analisa Nassaro.

“Meu estudo comprova que onde existe violência aos animais no ambiente familiar, há um cenário de uma família potencialmente violenta, com crianças crescendo sem aprender valores de respeito à vida”, explica o capitão. “Uma conduta eficiente da polícia nessas ocorrências é importante, portanto, para evitar que essas pessoas comentam crimes violentos no futuro.”

Tema da coluna veiculada pela rádio Estadão em 16 de setembro de 2013

sábado, 21 de setembro de 2013

Impunidade Funesta




por HELDER CALDEIRA*


Não é novidade dizer que a impunidade é uma praga devastadora. Consagrada no Brasil como uma espécie tergiversa de instituição, enraizada nos Poderes, entranhada na alma da vida pública. O julgamento do Mensalão surgiu como um ponto fora da curva, um marco. Não por ser o maior escândalo de corrupção da história — não é, nunca foi —, mas por levar à apreciação do Supremo Tribunal Federal os crimes de corrupção cometidos por uma monumental quadrilha nascida no coração do partido político que ocupa a Presidência da República e quer se perpetuar no poder, custe o que custar.

Consolidou-se uma enorme expectativa na sociedade. Não por acaso ou por meras ideologias. Evidenciando a morosidade da justiça brasileira, o julgamento já consumiu mais de um ano, versando sobre crimes praticados há uma década. Por decisão da maioria dos “eminentes preclaros nobres excelentíssimos salve-salve” ministros do STF, foi dado provimento aos famigerados Embargos Infringentes interpostos pelos “réus-figurões”, protelando a conclusão e a execução das sentenças e jogando a decisão final para 2014 — quiçá 2015 —, ainda que sob risco da prescrição de diversos crimes.

Faz-se um silêncio assombroso ao redor da figura de um ministro do Supremo Tribunal Federal, trajando anacrônicas togas valorativas, designados por pronomes que garantem superlativa deferência, serviçais de vernáculo propositalmente embaraçado — algumas vezes de duvidosa eficácia ou até ridícula subsistência — e proclamados derradeiros guardiões da Constituição da República. São onze confortáveis cadeiras de espaldar alto quase míticas. Místicas.

É exatamente essa alegoria de mitos que garante à Suprema Corte servir-se do pernicioso argumento insular. “O STF não pode se contaminar pelo clamor popular, pela vontade das maiorias contingentes”, disse o ministro decano Celso de Mello durante seu voto de desempate quanto ao provimento dos Embargos Infringentes, decisão que garantiu novo fôlego e a prescrição de crimes para os réus do julgamento do Mensalão, “profanadores da República”, como garantiu o próprio magistrado em passado recente.

“Contaminar” foi uma extraordinária escolha lexical. Grosso modo, sugere ser alguma doença o povo brasileiro reunir-se em pleito coletivo pelo fim da impunidade funesta que corrói e desmoraliza as instituições deste país. Manter-se uma ilha undecágona seria, portanto — e na opinião da maioria dos ministros —, o remédio para uma suposta moléstia que atinge as multidões neste início de século, vítimas da explosão horizontal da informação, das redes sociais e de um surto de sonambulismo, impróprio aos hibernos em berço esplêndido. Sob esse pensamento nauseabundo, repousam os pilares da paródia de democracia vigente no Brasil.

Já que tísicos da contemporaneidade, façamo-nos de tolos por alguns instantes. Fossem os Embargos Infringentes um ambiente recursal sólido e de amplo espectro na garantia de direitos humanos fundamentais, o que explicaria uma divisão tão contundente da Corte? Aliás, dissensão que lança luz sobre o aparelhamento político do Supremo Tribunal Federal: à exceção do “voto de Minerva” de Celso de Mello, todos os demais ministros que acataram o“recurso do recurso do recurso”, o “embargo do embargo do embargo”, foram indicados por presidentes petistas ligados diretamente ao núcleo da quadrilha política que articulou e executou o Mensalão.

Cumpre-nos apenas lamentar a eternização do roteiro tragicômico que desenha a história política brasileira. Como já vimos em incontáveis jurisprudências, “peixes graúdos” não morrem na praia. Tampouco vão parar no xilindró. Devolver dinheiro roubado? Nem pensar! Definitivamente, o Brasil não é um país sério. Triste a nação que tem nesta assertiva um clichê. Coroada, a impunidade funesta se mantem.


*HELDER CALDEIRA é escritor e jornalista político.

Fonte: http://www.revistaon.com.br
Charge: Sponholz

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Você paga a escola, mas quem decide a educação do seu filho é o governo!


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Muita gente defende o acesso irrestrito à educação. Porém, pouquíssima gente defende o direito das famílias de escolher que tipo de educação querem para seus filhos. Ou seja, todos são obrigados a custear a educação pública, mas somente os burocratas do governo podem decidir qual metodologia de ensino será utilizada e quais conteúdos serão ministrados.
Nos Estados Unidos, vêm ganhando força um movimento chamado “School Choice”. Ele defendem modelos alternativos de financiamento da educação, como os vouchers, propostos pelo economista Milton Friedman. Essa estratégia consiste em dar uma espécie de cheque para a família poder matricular seu filho na escola que melhor atender suas necessidades culturais, educacionais e sociais.
Dessa forma, cria-se um ambiente competitivo, que estimula as escolas a oferecerem cada vez melhores serviços para atraírem mais alunos. Na cidade de Milwaukee, 90% dos estudantes que participam do programa de vouchers vão para a universidade.
No modelo adotado no Brasil, somente as pessoas que abrem mão das escolas públicas é que tem direito de optar por outros modelos de educação. O governo age de forma autoritária, além de impor suas vontades na escola pública, quer também mandar no setor privado e até tomar a guarda dos filhos de quem resiste a suas ordens. Foi o caso de Cleber Nunes. Em 2008, o Ministério Público abriu um processo contra ele, simplesmente porque ele queria educar seus filhos em casa. Por pouco, ele não perdeu a guarda dos filhos.


Outro problema é que governantes estão mais preocupados em impor suas ideologias do que em realmente proporcionar educação de qualidade. É o que mostra o diretor da escola pública de São Paulo mais bem avaliada no Enem de 2009, Camilo da Silva Oliveira. “ A esquerda até hoje acha que a democracia é o principal debate para a escola.
 Você pega o PT, eles estão discutindo eleição para diretor de escola. Uma bobagem. Deveria pegar os melhores quadros para dirigir a escola. Isso aqui não é sindicato. Estou me aposentando e não vejo caminho. A escola pública vai continuar dependendo de talentos isolados. O Estado só atrapalha. Aquelas que seguiram a linha, se esfacelaram”.

Ou seja, a escola tornou-se um centro político, quando deveria ser um centro educacional. Com isso, o poder de influência passou a ser mais valorizado que o mérito. Os diretores são os melhores políticos, não os melhores gestores. O atual modelo tira o foco dos dirigentes escolares, como explica Camilo. “Não consigo uma reforma porque não participo das reuniõezinhas, não vou lá ficar bajulando. Eu percorria gabinete de deputado para pedir reforma. Desisti. É indigno para um diretor”.


Resumo da obra, grande parte das escolas públicas está na mão de pessoas que buscam visibilidade política e que representam interesses corporativistas. E o pior de tudo é que os mais pobres não têm escolha. São obrigados a se submeter aos modismos da vez. Enquanto isso não mudar, continuaremos na rabeira dos testes internacionais.
Fonte: http://pedrovaladares.wordpress.com

Paraguai rejeita médicos cubanos: "formação medíocre" impede exercício de profissão no país



Enquanto o Brasil se esforça para fazer o reconhecimento automático dos diplomas dos médicos cubanos em território brasileiro, o nosso vizinho Paraguay rejeitou os médicos cubanos em seu país.

Segundo o reitor da Faculdade de Medicina Nacional do Paraguay, "médicos cubanos tem têm habilidades e conhecimentos de uma licenciatura em Enfermagem".

As autoridades médicas paraguaias consideram que os médicos formados em Cuba não têm formação suficiente para exercer a medicina em seu país, disse segunda-feira o reitor da Faculdade de Medicina da Universidade Nacional do Paraguai, Aníbal Filartiga.

Um estudo comparativo entre os currículos dos cursos de medicina em Cuba e no Paraguay mostrou que o currículo da ELAM - Escola Cubana de Medicina - é medíocre.

Anualmente, Cuba disponibiliza cerca de 500 vagas para estudantes estrageiros estudarem medicina em Cuba, de forma gratuita, tendo em vista que o governo cubano gasta entre US$ 60.000 a US$ 70.000 dólares anuais com jovens paraguaios para estudar medicina em Cuba.

As autoridades médicas do Paraguay rejeitaram a equiparação automática dos currículos dos médicos paraguaios com os médicos cubanos.

Médicos cubanos também tem dificuldades de exercer sua profissão nos EUA

Além do Paraguai, outro país que apresenta restrições aos currículos dos médicos cubanos é os Estados Unidos da América. O governo americano tem um programa especial de vistos - que facilita a imigração de médicos e enfermeiros.

Sendo assim, muitos médicos cubanos em missões no exterior, fogem das delegações e vão a embaixadas americanas solicitar o visto de imigração, no que são atendidos na maior parte das vezes. Ocorre que, quando chegam aos Estados Unidos, os médicos cubanos sofrem com imensas dificuldades para poder exercer a profissão.

O governo cubano trata os médicos cubanos que fogem como "traidores da pátria", e, assim, colocam todo tipo de dificuldade, proibindo-os inclusive de visitar Cuba novamente. Além disso, para poderem exercer sua profissão nos EUA, os médicos precisam de um reconhecimento oficial, que envolve comunicação entre os governos dos EUA e de Cuba.

Em procedimentos que revelam o grau de mesquinhez do governo de Cuba, as informações que são solicitadas pelo governo americano sobre currículos e demais dados técnicos, necessários para a validação do currículo em território americano, são negadas pelo governo cubano.

É evidente que esse tipo de procedimento do governo de Cuba é mais um exemplo de violação dos Direitos Humanos em Cuba, tendo em vista que o governo de Cuba se acha proprietário dos médicos cubanos, proibindo-os de sair da ilha ou emigrar para qualquer outro país. Ou seja, são tratados como escravos do regime.

Fonte: EFE via Terra

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

O fascismo do PT contra os médicos




O PT está usando uma tática de difamação contra os médicos brasileiros igual à usada pelos nazistas contra os judeus: colando neles a imagem de interesseiros e insensíveis ao sofrimento do povo e, com isso, fazendo com que as pessoas acreditem que a reação dos médicos brasileiros é fruto de reserva de mercado. Os médicos brasileiros viraram os "judeus do PT".

Uma pergunta que não quer calar é por que justamente agora o governo "descobriu" que existem áreas do Brasil que precisam de médicos? Seria porque o governo quer aproveitar a instabilidade das manifestações para criar um bode expiatório? Pura retórica fascista e comunista.

E por que os médicos brasileiros "não querem ir"?

A resposta é outra pergunta: por que o governo do PT não investiu numa medicina no interior do país com sustentação técnica e de pessoal necessária, à semelhança do investimento no poder jurídico (mais barato)?

O PT não está nem aí para quem morre de dor de barriga, só quer ganhar eleição. E, para isso, quer "contrapor" os bons cidadãos médicos comunistas (como a gente do PT) que não querem dinheiro (risadas?) aos médicos brasileiros playboys. Difamação descarada de uma classe inteira.

A população já é desinformada sobre a vida dos médicos, achando que são todos uns milionários, quando a maioria esmagadora trabalha sob forte pressão e desvalorização salarial. A ideia de que médicos ganham muito é uma mentira. A formação é cara, longa, competitiva, incerta, violenta, difícil, estressante, e a oferta de emprego decente está aquém do investimento na formação.

Ganha-se menos do que a profissão exige em termos de responsabilidade prática e do desgaste que a formação implica, para não falar do desgaste do cotidiano. Os médicos são obrigados a ter vários empregos e a trabalhar correndo para poder pagar suas contas e as das suas famílias.

Trabalha-se muito, sob o olhar duro da população. As pessoas pensam que os médicos são os culpados de a saúde ser um lixo.

Assim como os judeus foram o bode expiatório dos nazistas, os médicos brasileiros estão sendo oferecidos como causa do sofrimento da população. Um escândalo.

É um erro achar que "um médico só faz o verão", como se uma "andorinha só fizesse o verão". Um médico não pode curar dor de barriga quando faltam gaze, equipamento, pessoal capacitado da área médica, como enfermeiras, assistentes de enfermagem, assistentes sociais, ambulâncias, estradas, leitos, remédios.

Só o senso comum que nada entende do cotidiano médico pode pensar que a presença de um médico no meio do nada "salva vidas". Isso é coisa de cinema barato.

E tem mais. Além do fato de os médicos cubanos serem mal formados, aliás, como tudo que é cubano, com exceção dos charutos, esses coitados vão pagar o pato pelo vazio técnico e procedimental em que serão jogados. Sem falar no fato de que não vão ganhar salário e estarão fora dos direitos trabalhistas. Tudo isso porque nosso governo é comunista como o de Cuba. Negócios entre "camaradas". Trabalho escravo a céu aberto e na cara de todo mundo.

Quando um paciente morre numa cadeira porque o médico não tem o que fazer com ele (falta tudo a sua volta para realizar o atendimento prático), a família, a mídia e o poder jurídico não vão cobrar do Ministério da Saúde a morte daquele infeliz.

É o médico (Dr. Fulano, Dra. Sicrana) quem paga o pato. Muitas vezes a solidão do médico é enorme, e o governo nunca esteve nem aí para isso. Agora, "arregaça as mangas" e resolve "salvar o povo".

A difamação vai piorar quando a culpa for jogada nos órgãos profissionais da categoria, dizendo que os médicos brasileiros não querem ir para locais difíceis, mas tampouco aceitam que o governo "salvador da pátria" importe seus escravos cubanos para salvar o povo. Mais uma vez, vemos uma medida retórica tomar o lugar de um problema de infraestrutura nunca enfrentado.

Ninguém é contra médicos estrangeiros, mas por que esses cubanos não devem passar pelas provas de validação dos diplomas como quaisquer outros? Porque vivemos sob um governo autoritário e populista.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

As Duas Únicas Classes




Por Milton Pires

Cada vez que a imprensa noticia que os professores estão insatisfeitos com salários, que os policiais não aguentam mais trabalhar sem armamento, e que os médicos estão desesperados com as emergências lotadas, as reações costumam ser de dois tipos: crítica ou solidariedade. O que não fica evidente, à primeira vista, é o que existe de comum nas duas.

Sabem o que é? É a noção de “classe”! É a ideia, já sedimentada, de que esses assuntos – uma vez trazidos à tona pela imprensa – sejam sempre exclusivamente manifestação de interesses econômicos.

Não interessa, nesse artigo, o fato de eu ser médico. Eu poderia muito bem ter sido professor, policial ou astronauta – tanto faz. O que causa perplexidade é a capacidade que esse conceito – o de classe – adquiriu para pautar toda e qualquer discussão racional.

Vejam, frequentei uma universidade pública. Como cidadão, e pagando impostos, fui eu que financiei e financio até hoje o funcionamento dela. Agora, segundo se dissemina pela imprensa, eu não sou mais cidadão. Eu pertenço à “classe” dos médicos.

Devo, segundo o senso comum, retribuir (seja lá o que isso queira dizer) à sociedade o fato de ter estudado medicina numa faculdade federal! Invocam inclusive o código de ética da minha profissão e enchem a boca para perguntar com satisfação - “onde está seu juramento, Dr.Milton?”

Pergunto a vocês: fazer um país inteiro (inclusive um enorme número de médicos, policiais e professores) pensar assim é ou não é uma revolução? Quanto tempo os alunos ainda vão passar dentro das escolas aprendendo que revoluções são movimentos “armados”? A quem serve esse tipo de mentira, hein?

“Dividir para conquistar”... Não havia legião romana que não soubesse isso. A escória petista que governa o Brasil pode, de fato, ser escória; mas não é burra. Sabem perfeitamente bem do que eu estou falando. Esse tipo de gente, que sabe como ninguém aproveitar-se do caos, está fazendo a mesma coisa com o nosso país! Será que isso não fica claro?


Meus amigos, mais de uma vez eu escrevi que o PT não é favor de pretos nem contra os brancos. Ele não gosta de homossexuais nem de “machões”...não defende as “vadias” nem as freiras..e vou continuar SEMPRE escrevendo esse tipo de coisa. No momento somos nós, os médicos, a “bola da vez”.

Já disse, e sigo dizendo, que isso não tem nada de “pessoal” conosco e que esse partido desgraçado prepara muito mais coisa para enfiar goela abaixo das pessoas. Controle de imprensa, unificação das polícias, pena de morte...são apenas alguns dos itens na pauta dessa ralé.

O que está acontecendo com a classe médica no Brasil é um recado. As pessoas, pelo menos a parte mais esclarecida que poderia haver entre elas, estão perdendo uma grande oportunidade. Estão desperdiçando a chance de entender um aviso da história...

O aviso daquilo que se prepara no país – o caminho para uma ditadura total. Essa ditadura se construiu, e continua sendo construída, através de um estado corporativo..de um governo que conseguiu cooptar o poder econômico comportando-se, nesse sentido, como capitalista enquanto produz em silêncio a maior revolução cultural da nossa história.

Lembrem-se: não faz a mínima diferença se existem médicos mafiosos” e médicos “que cumprem o juramento”. Não se importem com “policiais corruptos ou policiais honestos”...Esqueçam essa coisa de “professor grevista e professor que pensa nas crianças” ou de que existem “civis e militares”.

A única coisa que vocês precisam saber é que pode haver, para o governo, dois tipos de cidadãos – aqueles que são contra e aqueles que são a favor do PT! Essas são as duas únicas classes...

Milton Simon Pires é Médico.
Fonte: alertatotal.net