terça-feira, 5 de agosto de 2008

CONSÓRCIO NACIONAL DO CRIME

Em seu livro Dura na Queda, onde conta sua vida e bastidores de prisões famosas (entre elas, a captura dos maiores traficantes do Rio – Uê, Marcinho VP e Elias Maluco – e sem dar um tiro, no Complexo do Alemão), a delegada de polícia e deputada federal Marina Maggessi denuncia que a concentração dos principais criminosos de todos os Estados em duas únicas penitenciárias federais, Catanduvas e Campo Grande, está provocando “uma metástase do terror no país”. E explica que, nas duas penitenciárias, misturam-se bandidos de todos os Estados, que talvez não se conhecessem, se estivessem presos nos seus locais de origem. Para ela, está sendo criado “um grande consórcio do crime, norte a sul, leste a oeste”. Primeiro, conversam pelas frestas; depois, no banho de sol de duas horas; em seguida, no futebol das segundas e sextas-feiras.

Exemplo do consórcio
A delegada e deputada federal Marina Maggessi dá um exemplo: há um mês, foi apreendida uma tonelada de cocaína de Fernandinho Beira-Mar com a filha do traficante colombiano Juan Carlos Abadia. Um é traficante na Colômbia, outro do Rio: viraram grandes amigos em Catanduvas. Mais: os onze do Comando Vermelho, presos em Catanduvas, “são ídolos lá e fazem escola para o Brasil todo, ou seja, estão dando a eles o que nunca tiveram, liderança e know-how”. Para ela, “é a federalização do crime” e seu medo maior é o Nordeste. “Se o nordestino é, antes de tudo, um forte, imagina o nordestino bandido?”

Fonte:GibaUm.com

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