segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Protógenes aponta complô de PF e STF a favor de Dantas


BRASÍLIA - O delegado Protógenes Queiroz afirmou nesta sexta-feira, 7, que as buscas da Polícia Federal (PF) na sua residência e a aprovação do habeas-corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) em favor do banqueiro Daniel Dantas fazem parte de uma "operação casada", uma "patranha", envolvendo a cúpula das duas instituições para desmoralizá-lo. O objetivo final da manobra, segundo ele, é beneficiar o empresário, preso em julho na Operação Satiagraha. "As buscas me enfraquecem e mostram o poder extremo a que chegou esse bandido e sua penetração nas altas esferas do poder", disse.

"É uma ação articulada para cumprir o script determinado pelo banqueiro bandido e evitar que ele abra a boca e conte tudo que sabe", explicou Protógenes, para quem Dantas é um arquivo vivo da corrupção. Em palestra de mais de três horas para um auditório quase vazio, promovida por mestrandos de direito da Universidade Católica de Brasília, Protógenes descarregou crítica ácidas à cúpula da Justiça e da PF, aos quais acusa de promoverem "perseguição brutal" contra ele, para enfraquecer a investigação da Satiagraha e garantir impunidade ao banqueiro.

Protógenes defendeu o juiz federal paulista Fausto de Sanctis, que determinou as prisões, revogadas depois pelo STF e no final deste mês julga os indiciados por envolvimento na quadrilha. Para o delegado, o juiz é vítima do mesmo processo de desqualificação, para afastá-lo do julgamento. "Essa não é uma luta do Protógenes, é do Brasil e da sociedade", disse. "O País sai desmoralizado se o bandido Daniel Dantas não for condenado", observou.

Fonte:VANNILDO MENDES - Agencia Estado 07/11/08

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