quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Luteranos dos EUA mais abertos


Deu no site do The New York Times: depois de um emocionante debate a respeito da autoridade bíblica e dos limites da inclusão bíblica, líderes da maior denominação luterana dos Estados Unidos decidiram, nesta sexta-feira, que permitirão homens e mulheres homossexuais que vivam relacionamentos estáveis tenham função na comunidade religiosa. A decisão fez da denominação, a Igreja Evangélica Luterana da América, a última das grandes correntes protestantes a permitir ordenações, fazendo com que a discussão avance entre os protestantes liberais.

Por um placar de 559 a 451, delegados decidiram, durante assembleia nacional em Minneapolis, aprovar uma resolução declarando que a igreja precisa encontrar um caminho de aceitar casais formados por pessoas do mesmo sexo com relacionamentos estáveis para servir como ministros oficiais. A igreja já permite que lésbicas e gays celibatários façam parte da estrutura clerical.

Pouco antes da votação, o reverendo Mark Hanson, bispo presidente da igreja, se reuniu aos outros religiosos, em oração. Quando os dois gráficos de barras começaram a sinalizar o resultado da votação, houve um pequeno burburinho. No meio da sala de convenções, grupos de homens e mulheres se abraçaram uns aos outros e choraram, emocionados.

"Poder me tornar um integrante total da igreja é algo que sempre foi meu sonho", afirmou Megan Rohre, de São Francisco, que está comprometido em um relacionamento homossexual e participa das atividades religiosas em três congregações luteranas. Até então, ele não podia ser considerado um membro oficial das atividades religiosas. "Eu não terei mais um asterísco junto ao meu nome", disse.

A aprovação da medida, como mostrou o placar, não foi unanimidade. "Eu acho que ultrapassamos aquilo que acredito ser os limites de Deus", afirmou a reverenda Rebecca M. M. Heber, de Heathrow. A religiosa afirmou logo depois da decisão que pretende reconsiderar a sua permanência na igreja. Membros conservadores têm considerado tanto o ingresso em outra variante luterana da igreja ou a criação de um ramo dissidente. (Foto: Dawn Villella/Associated Press)

Fonte: blog Botadentro 22/08/09

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