Arruda faz piada e é só sorrisos

O escândalo do mensalão do DEM de Brasília, que gerou uma crise no governo, começou no dia 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. No inquérito, Arruda é apontado como o comandante de um esquema de distribuição de propina a deputados distritais e aliados.

Ontem, no Buritinga, o governador José Roberto Arruda chamou todo o secretariado para a primeira reunião oficial de 2010. O vice-governador Paulo Octávio e o secretário de Transportes Alberto Fraga estão de férias, e por isso não compareceram.

Ao permitir imagens sem permitir perguntas, Arruda era só sorrisos. Agiu como se a crise não existisse. O único momento em que se ouviu algum comentário indireto sobre tudo o que aconteceu foi durante uma brincadeira.

A reunião foi pra dizer aos secretários que as contas estão em dia e que nenhuma obra está parada. O Bom Dia DF já tinha mostrado que tem obra parada. Uma delas é na DF-250. No Itapoã e no Mestre D’Armas também. Asfalto inacabado. A Secretaria de Obras afirmou que vai concluir até abril.

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Fonte:G1 e Bom Dia DF 06/01/10

Comentário de Alexandre Garcia sobre o piadista:Eu não consigo entender onde está a graça disso tudo. Não é incrível? Um humor que não dá para qualificar com um só adjetivo; se é cínico, se é irônico, se tripudia sobre o eleitor do Distrito Federal, sobre o contribuinte do Brasil inteiro, pois são impostos federais que sustentam as obras supostamente superfaturadas.

Se somarmos o panetone todo de Brasília, dá mais que uma Mega-Sena. Os que acharam que tinham que rir eram novos secretários. Boa parte dos antigos são deputados distritais que reassumiram no Legislativo local para garantir que não haverá impeachment.

Aliás, boa parte dos deputados locais está envolvida, como aquela que trancou a porta antes de encher a bolsa; ou os da oração. Ou do da meia.

E o deputado Leonardo Prudente que reassumir a presidência da Câmara, para comandar as investigações. Vai reassumir na segunda-feira. Os americanos tiveram o 11 de setembro. Nós vamos ter um 11 de janeiro em Brasília.

Coluna de Alexandre Garcia