terça-feira, 14 de setembro de 2010
Lula segue disseminando o ódio e a intolerância
Por Adriana Vandoni
Em comício de Dilma, na noite desta segunda-feira (13), em Joinville (SC), Lula defendeu que o DEM seja “extirpado” da política brasileira, pois o o Democratas “alimenta ódio”.
Enfático e com um tom permanentemente crítico, Lula, disse que o Brasil não pode abrir mão da política administrativa atual em detrimento de uma direita raivosa e leviana. “São pessoas que alimentam o ódio. Nós precisamos extirpar o DEM (Democratas) da política brasileira”
Mais que alimentar o ódio, Lula está dizendo que não quer ter oposição. Isso é perigoso e sintomático. Pregar o ódio é costume de Lula. Em todos os seus discursos ele incita algum tipo de confronto. É o rico que não gosta do pobre; o branco que não gosta do negro; o estudado que não gosta do sem estudo. O que no começo era apenas verbalização dos seus recalques, passa a ser a incitação de confronto de classes e de raças.
Reinaldo Azevedo lembrou bem em sua coluna, um fato ocorrido em 2005, na época do mensalão, com o então senador Jorge Bornhausen, insultado ontem por Lula no mesmo discurso. Veja o que escreveu Reinando Azevedo:
“Em 2005, à esteira do mensalão, o então senador Jorge Bornhausen era presidente do PFL e chegou a ter, assim, uma espécie de epifania que, infelizmente, não se cumpriu. Referindo-se aos petistas, afirmou que a gente ia “se ver livre dessa raça por uns 30 anos”. Apanhou barbaridade! Os “inteliquituais” petistas saíram gritando “Racista! Nazista!” Bornhausen processou um deles e ganhou!
Os colunistas progressistas e “outro-ladistas de um lado só” também ficaram indignados. Atentem para a ironia: eles realmente achavam que o PT era uma… raça! Não! Não é! Felizmente, não estamos diante de características transmitidas pelos genes. Pode até ser uma doença moral, psicológica e social, mas não física. Há esperanças.
Pois bem! Digamos que o sentido da afirmação de ambos fosse o mesmo — não é, mas não entro nessa particularidade agora para não me desviar do essencial —, há uma diferença básica de pessoa e de circunstâncias: Bornhausen era só o presidente de um partido de oposição — e, pois, como tal, representava mesmo uma “parte” da sociedade. Lula é o presidente da República. São condições distintas, que pedem decoros distintos. Ele é presidente em tempo integral. Imaginem se, em qualquer democracia do mundo, um chefe de governo e de estado fala em “extirpar” um partido da oposição. É absolutamente inconcebível!
E desta vez? Lula vai apanhar como apanhou Bornhausen, embora as circunstâncias tornem a sua fala muito mais grave? Ora, é claro que não! Vão dizer que é só uma reação, que está devolvendo na mesma moeda. Ocorre, e isto é muito importante, que o tratamento dispensado a Bornhausen não é muito diferente do dispensado a Serra na TV, a quem chamou de “candidato da turma do contra”, que “entorta o nariz para tudo”. Mas ai daquele que apontar o risco de mexicanização da política brasileira e a tentativa do PT de destruir a oposição! O Elio Gaspari e os efebos, os gasparzinhos, logo se excitam. Se preciso, arranjam até alguns “intelequituais” independentes (independentes, mas do PT, é claro!) para dizer que isso não é verdade, que é coisa da direita raivosa…
Lula está bravo porque Ideli Salvatti amarga um terceiro lugar em Santa Catarina. Perde para Angela Amin, do PP, e para Raimundo Colombo, do DEM. Como todos sabemos, em matéria de eleição, Lula só acha feio perder. O resto ele topa.
Bornhausen respondeu: “É triste ter um presidente sem compromisso com a verdade e sem respeito pelo cargo. Pior ainda é que ele venha a Santa Catarina só para destilar ódio, o que é próprio dos embriagados”.”
Fonte: Prosa e Política 14/09/10
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