quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Presidente da Chevron terá de explicar a deputados por que mentiu e não tinha plano para conter vazamentos


Por Jorge Serrão

Alguém acredita que a poderosa petroleira Chevron – irresponsável pelo magavazamento de óleo na Bacia de Campos – possa mesmo perder a operação no Campo de Frade – como ameaça o governo Dilma Rousseff? Ou que a petrolífera, atualmente “operadora classe A”, possa ser rebaixada e perder a licença para perfurar, inclusive, no ambicioso pré-sal?

Tais perguntas devem ser respondidas, nesta quarta-feira, pelo presidente da Chevron Brasil, George Buck, em audiência pública convocada pela Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.

George Buck terá a complicada missão de explicar por que a Chevron não tinha os equipamentos necessários para cortar os tubos e fazer a cimentação completa do poço, em caso de um grave acidente, como o vazamento era de 330 barris/dia.

Também fará um malabarismo para justificar porque a empresa só avisou à Agência Nacional de Petróleo um dia depois do problema, mentindo que o vazamento inicial seria de apenas 24 barris/dia. Por todas essas falhas, a Chevron corre o risco de levar um total de multas de R$ 260 milhões, incluindo indenizações e compensações ambientais

O defensor público federal do Rio André Ordacgy entra logo mais com dois inquéritos contra a Chevron. Também promete intimar o Ministério do Meio Ambiente a concluir o Plano Nacional de Contingência num prazo de 90 dias.

O governo federal só não fica mais complicado com o assunto porque o providencial vazamento de óleo ajudou a conter os vazamentos de denúncias contra ministros – especialmente Carlos Lupi que deixa, temporariamente, as manchetes.

Fonte: Blog Alerta Total
Charge: Sponholz

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