quinta-feira, 18 de março de 2010

Polícia cubana encerra com violência terceiro dia de manifestação das Damas de Branco


A polícia cubana reprimiu com violência o terceiro dia de protesto das Damas de Branco, em Havana. As cerca de 30 integrantes do movimento foram puxadas pelos cabelos, seguradas pelas pernas e pelos braços e levadas à força para dentro de um ônibus, que as deixou na casa da líder do grupo, Laura Pollán, em Havana Central. Na tentativa de se livrar dos policiais, muitas delas ficaram com as roupas sujas de lama.

Segundo as integrantes do grupo, a maioria apresenta dores no corpo, marcas, e pelo menos cinco procuraram um hospital. Laura Pollán, porta-voz do grupo, teve que imobilizar a mão. Reina Tamayo - mãe do preso político Orlando Zapata, que morreu em fevereiro após uma greve de fome - teve um arranhão que manchou a blusa branca de sangue.

- Essa foi a pior repressão que já sofremos - contou, por telefone, Alejandrina García, mulher do preso político Diosdado González Marrero. - Não entendo por que fizeram isso. Íamos visitar um ex-preso político. Não estávamos perto de nenhuma instituição do governo.

Fonte: O Globo 17/03/10

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