quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Nióbio, potencial estratégico


O nióbio seria um dos elementos estratégicos para o desenvolvimento do Brasil, já que 98% das reservas mundiais (de 842,4 milhões de toneladas) estão em nosso solo.

A concentração do produto nas reservas brasileiras é de 3%, ou seja, para cada uma tonelada há 30 quilos.

Além das minas de Araxá, em Minas Gerais, e de Catalão e Ouvidor, em Goiás, foi descoberta a presença de nióbio no Amazonas, em São Gabriel da Cachoeira e Presidente Figueiredo.

Os donos

O probleminha é que as principais jazidas “brasileiras” de nióbio pertencem à Companhia Brasileira de Mineração e Metalurgia (CBMM), controlada pelo grupo Moreira Sales (55% das ações) e pela norte-americana Molycorp Incorporation (45%).

Já as de Goiás são da Mineração Catalão de Goiás Ltda, controlada pelo grupo britânico Anglo American.

Os principais compradores do ferro-nióbio brasileiro são a Holanda, China e os EUA

Manipulação e roubo


Ultrapassa a cifra astronômica de 100 bilhões de dólares por ano o prejuízo anual do Brasil com as exportações do nióbio (cujo quilograma, 100% refinado, é cotado na Bolsa de Metais de Londres a US$ 90 dólares).

O advogado Antônio Ribas Paiva, presidente da União Nacionalista Democrática, já denunciou ao Ministério Público Federal como funciona o mecanismo de subfaturamento do Nióbio, em operações cruzadas de venda feitas pelos exportadores, em diferentes paraísos fiscais.

Agora, o Instituto Mãos Limpas Brasil fará uma nova denúncia ao MPF, torcendo para que não seja arquivada, da mesma forma como ocorreu com o pedido de Ribas Paiva

Fonte: Alerta Total - Jorge Serrão 27/01/11

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Perfil de Mark Zuckerberg no Facebook é invadido por hacker

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A página pessoal de Mark Zuckerberg no Facebook foi invadida por hackers na noite de terça-feira. Segundo o jornal The Guardian, uma mensagem foi publicada no mural de Zuckerberg sugerindo que o fundador da rede social permitisse que os próprios usuários investivessem de forma social no site, em vez de procurar bancos e megainvestidores.

"Vamos começar o 'hacking': se o Facebook precisa de dinheiro, em vez de procurar bancos, por que não deixa os usuários investirem no site de uma forma social? Por que não transformar o Facebook em um 'negócio social,' da forma descrita pelo vencedor do Prêmio Nobel Muhammad Yunus? http://bit.ly/fs6rT3 O que vocês acham? #hackercup2011".

A mensagem foi "curtida" por mais de 1,8 mil pessoas e recebeu cerca de 500 comentários antes de ser tirada do ar. Na manhã desta quarta-feira o perfil de Zuckerberg seguia indisponível.

Ainda não se sabe como a invasão ocorreu, mas a página de Zuckerberg é administrada por vários funcionários e um deles pode ter se descuidado com a senha.

- Mark Zuckerberg deve dar uma boa olhada nas suas definições de segurança e privacidade depois dessa violação constrangedora - disse o analista da Sophos Graham Cluley, ao Guardian.

O termo "#hackercup2011" é uma referência ao torneio mundial de hackers que está acontecendo e cuja final será disputada em 11 de março na sede do... Facebook.

Muhammad Yunus é um economista de Bangladesh que ganhou o Nobel da Paz por criar uma instituição que concede microcréditos para pessoas pobres que querem começar pequenos negócios, mas não têm como passar pelos critérios de concessão de crédito de bancos tradicionais.

Fonte: O Globo 26/01/11

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Governo gasta R$ 80 milhões com cartões corporativos em 2010 e bate recorde



Os gastos do governo federal com os cartões corporativos bateram recorde em 2010 ao atingir R$80 milhões, segundo levantamento da ONG Contas Abertas. Em relação a 2009, as despesas aumentaram em cerca de R$15,5 milhões,ou 24% do total.

O cartão, destinado aos pagamentos de rotina de autoridades em gastos que sejam considerados emergenciais ou essenciais, foi implantado em agosto de 2001 e, desde então, já consumiu R$ 342 milhões dos cofres públicos.

De acordo ainda com o levantamento da Contas Abertas, feito a partir de dados coletados no Portal da Transparência, quem mais gastouno período com o cartão foi a Presidência da República, com R$ 105,5 milhões. Não se pode, no entanto, acessar a discriminação de como foi gasto esse valor, pois 93% dele é descrito como “informações protegidas por sigilo, para garantia da segurança da sociedade e do Estado”. Dentro da contabilidade da Presidência, a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) elevou em 66% seus gastos, passando de R$6,8 milhões para R$11,2 – o motivo do aumento, porém, também por questões de seguranaça, não foi divulgado.



O acréscimo no gasto com os cartões em 2010 deve-se ainda em grande parte ao Ministério do Planejamento, que consumiu R$ 19,3 milhões, ou três vezes mais do que em 2009. A elevação se explica pela utilização do recurso pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que realizou o recenseamento da população no ano passado. Os agentes do IBGE custearam gastos de transporte e hospedagem com o cartão. Do aumento total de R$ 15,5 milhões nos gastos do cartão corporativo, o Ministério do Planejamento responde por R$ 12,9 milhões, ou 83% do total.

De acordo com a Controladoria-Geral da União, o aumento de gastos é entendido como normal em razão do recenseamento. A auditoria dos gastos feitos pelo IBGE em 2010, segundo a CGU, deve ser completada só no fim do 1º semestre de 2011, seguindo os prazos do órgão. A fiscalização dos gastos da Presidência – incluindo a Abin – não cabe à CGU.

Fonte: Estadão 20/01/2011 Por José Orenstein


Charge: Neo Correia

Para derrotar as máfias sindicais



Por Rodrigo Constantino

A informalidade é o ar rarefeito que indivíduos e empresas precisam respirar devido à asfixia causada pela hipertrofia estatal. Com tantos encargos incidindo sobre a folha de pagamento das empresas, dobrando o custo efetivo do trabalhador em relação ao seu salário, ninguém deveria estranhar o fato de que metade dos empregos está na ilegalidade no país. As tais “conquistas trabalhistas” celebradas pelos sindicatos representam, na prática, um problema grave para a competitividade nacional e, por conseguinte, para os próprios trabalhadores.

Em uma economia dinâmica, as empresas terão total interesse em pagar salários atrelados à produtividade do trabalhador. Caso isso não ocorra, o concorrente sempre poderá pagar um pouco mais e ainda assim obter bons lucros com a contratação do empregado. A melhor garantia de bons salários, portanto, não está na caneta mágica do governo, mas na elevada produtividade do trabalho e na livre concorrência entre empregadores.

Trabalhadores de países com tais características possuem qualidade de vida bem melhor que a dos brasileiros, mesmo com nossas inúmeras regalias legais.
A enorme quantidade de direitos trabalhistas no Brasil nos remete àquela piada do sujeito que pede para a pizza ser cortada em vários pedaços, pois está com muita fome.

A quantidade de pizza não aumenta, mas a sensação de que há mais comida disponível pode gerar uma doce ilusão no faminto.Da mesma forma, a quantidade de dinheiro que o empregador está disposto a pagar ao empregado não muda após tantos encargos, tais como férias e licenças remuneradas, 13o salário, vales para transporte e alimentação, contribuição para o Sistema S, FGTS e INSS.

O único efeito prático é que o salário será dividido em mais partes para abrigar todos estes direitos, com o agravante de que o empregado agora dispõe de menor grau de liberdade para escolher como gastar seu dinheiro. Outro efeito nefasto é que os trabalhadores com menor produtividade acabam sem emprego formal, tendo que buscar refúgio justamente na ilegalidade e ficando, portanto, sem nenhum dos direitos trabalhistas.

O austríaco Hayek, vencedor do Prêmio Nobel de economia, chegou a afirmar que “o poder sindical é essencialmente o poder de privar alguém de trabalhar aos salários que estaria disposto a aceitar”. O economista francês Guy Sorman também percebeu que muitas das conquistas sindicais não passavam de uma reserva de mercado para os já empregados e sindicalizados. Ele escreveu: “Os sindicatos só protegem os sitiados que constituem sua clientela principal, não os desempregados, que não militam e nem são contribuintes”.

Quando se entende melhor esta lógica econômica, fica claro porque deve ser aplaudida a meta da presidente Dilma de desonerar a folha de pagamento das empresas, reduzindo assim o custo do setor produtivo. Não há mágica quando se trata de melhorar a competitividade das empresas brasileiras: seus encargos devem ser reduzidos, e a produtividade do trabalho deve aumentar. Isso só será possível com melhor educação e treinamento técnico, não com decretos estatais. Foi o caminho que países como Chile e Coréia do Sul trilharam, com evidente sucesso. A alternativa é continuar sonhando com fantasias, acreditando que haverá mais comida se a pizza for cortada em mais pedaços.

A necessária reforma trabalhista esbarra, porém, em obstáculos criados pelos antigos aliados do partido da presidente. Os poderosos sindicatos, afinal, sempre fizeram parte do quadro de apoio do PT. Além disso, há a questão fiscal, pois os menores encargos podem significar menor receita tributária no primeiro momento, até que a base ampliada de trabalhadores formais compense a redução dos encargos.

Para viabilizar a reforma, o governo deve adotar um programa de austeridade fiscal, reduzindo seus gastos de forma significativa. Economicamente, isso faz todo sentido, até porque houve grande inchaço da máquina estatal durante o governo Lula. Politicamente é que a coisa complica mais.

O governo Lula se mostrou totalmente incapaz de realizar a reforma trabalhista durante seus oito anos de mandato. O modelo sindical concebido ainda na era Vargas seguiu praticamente intocado. É chegada a hora de a presidente mostrar se fala realmente sério quando diz que pretende reduzir os encargos trabalhistas.

Pelo bem da nossa competitividade econômica e, portanto, dos próprios trabalhadores, espera-se que seu governo consiga levar adiante este desafio. Seria uma derrota das máfias sindicais, mas uma vitória de todo o país.

Fonte: Rodrigo Constantino 11/01/11

Belo Monte pode ser prejuízo para bancos e investidores, diz estudo


Chegou hoje as mãos das instituições financeiras relatório alertando sobre os riscos de financiarem a Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

O estudo, intitulado "Análise de Riscos para Investidores no Complexo Hidrelétrico Belo Monte", chama atenção para o fato de que bancos públicos e privados, fundos de pensão e investidores em geral estão correndo o risco de estarem financiando um 'mico', já que o desempenho da usina não compensa seus custos.

Um total de 20 instituições financeiras receberam o estudo, de autoria das ONGs Amigos da Terra - Amazônia Brasileira e International Rivers. Além de afirmar que as instituições serão co-responsabilizadas pelos danos sociais e ambientais que a usina causar.

Até o momento, o Ministério Público Federal e organizações da sociedade civil já entraram na Justiça com dez ações diferentes, questionando ilegalidades do processo de licenciamento ambiental.

Fonte: O Globo 19/01/11
Charge: Lute

leia mais :Belo Monte é também um mau negócio

conta fictícia de Belo Monte

Cidade que abrigará hidrelétrica

Belo Monte e as eleições presidenciais

A barragem, que será a terceira maior do mundo, inundará 516 quilômetros quadrados de floresta tropical, levará a remoção de pelo menos 12 mil pessoas na região e afetará a vida de 45 mil indígenas que dependem do Xingu.


Por Rodolfo Salm


Há uma infinidade de problemas importantes, para todos os gostos, no país e no mundo. Mas a minha perspectiva de ecólogo me indica que a grande marca do nosso tempo é a destruição da maior floresta tropical do planeta, a Floresta Amazônica. As gerações futuras sofrerão as conseqüências desta devastação e uma grande parcela de culpa cairá sobre nós, os brasileiros de hoje, que apesar de termos conhecimento sobre a importância dessas florestas seguimos indiferentes na marcha destrutiva. Escrevo isso tudo para dizer que o ano de 2010 foi absolutamente desastroso para o meio ambiente. Aqui no Xingu foi ainda pior, principalmente pela aprovação da obra de Belo Monte e a derrota da oposição nas eleições presidenciais.


Refiro-me especificamente aos resultados das eleições, pois foi Dilma Rousseff, como ministra da Casa Civil que, levando à condição de principal objetivo do governo federal uma obra semi-esquecida, derrotada pelas manifestações dos índios no fim dos anos 1980, nos colocou à beira desta situação catastrófica. Ao contrário do que muita gente boa pensa, não interessa o que ela fez ou deixou de fazer na juventude no tempo da ditadura, nem se ela foi ou não uma boa aluna na Unicamp.


O que interessa é que a sua carreira política mais recente foi construída com base em alianças com os articuladores de um dos maiores golpes da história recente do nosso país, que seria a construção dessa barragem no Xingu. Sua relação com o engenheiro gaúcho Valter Cardeal, diretor de Planejamento e Engenharia da estatal Eletrobrás e um dos principais defensores de Belo Monte, vem do tempo em que Dilma era secretária de Energia do Rio Grande do Sul e Cardeal diretor da Companhia Estadual de Energia Elétrica daquele estado. Ele é acusado de todo o tipo de corrupção. Mas seu maior golpe sobre o povo brasileiro ainda está por vir.



Dilma foi levada à Casa Civil por indicação do ex-ministro Antônio Palocci, irmão de Adhemar Palocci, que é o atual diretor de Planejamento e Engenharia da Eletronorte, também importante defensor de Belo Monte e também acusado de corrupção. E, passadas as eleições, uma das primeiras decisões de Dilma foi reconduzir Edison Lobão ao Ministério das Minas e Energia. Para quem não sabe, Lobão é o braço direito de José Sarney, o grande mentor de Belo Monte, dentro do governo. É nada menos que o organizador da trupe que comandará toda a corrupção associada à obra faraônica, tecnicamente ruim, injustificada economicamente e um desastre ambiental e social.


Por algum tempo acreditei que os escândalos ligados a esta obra poderiam derrubar a candidatura de sua idealizadora. Não aconteceu. Mas havia potencial para tanto. E o Serra sabia disso. Tanto que nos últimos meses de campanha, o momento em que melhor se saiu nas pesquisas foi justamente quando apontou a corrupção no caso de Erenice Guerra, a substituta de Dilma na Casa Civil, e que levou as eleições ao segundo turno. Aquele ministério virou um balcão de negócios escusos. Mas o maior de todos os planos que armaram foi justamente o projeto Belo Monte. Serra chegou a ensaiar algumas críticas à obra, mas que infelizmente não foram direcionadas à essência do projeto, mas sim à sua condução.


Nesse sentido, o posicionamento mais inteligente foi o de Plínio de Arruda Sampaio, que no debate da Rede Bandeirantes foi claro e direto: "Nós somos contra Belo Monte porque ele é um absurdo econômico". Marina Silva, como sempre, se acovardou, enrolou ou passou ao largo do debate.



Na manhã do dia 4 de outubro, com 99,99% das urnas apuradas, e já sabendo que haveria segundo turno, parte dos 0,01% das urnas faltantes estava aqui na Volta Grande do Xingu – região habitada por povos indígenas e por uma gente que veio para essa região na década de 1970 com a abertura da Rodovia Transamazônica, que fez a sua vida plantando em suas roças de cacau. E que com a com a construção da usina seriam transferidos sabe-se lá para onde. Brasileiros dos mais isolados e que por isso têm o poder de adiar o término das apurações, mas que, infelizmente, não têm força nenhuma sobre o resultado final das urnas.


A essa altura eu ainda tinha alguma esperança de que o escândalo de Belo Monte pudesse mudar as eleições no segundo turno. Na TV, a campanha da Dilma escondeu totalmente a obra. Ela nem era citada no horário político. O processo de licenciamento ambiental parou por uns meses para que o assunto esfriasse. No debate de 17 de outubro, na Rede TV, Serra citou rapidamente Cardeal e o irmão do Palocci. Mas infelizmente foi muito sutil, porque a barragem não foi abordada diretamente.


Será que alguém entendeu direito a questão da Erenice na Casa Civil? E exatamente qual era a denúncia de Serra contra Valter Cardeal? E o que uma coisa tem a ver com a outra? Se entenderam, foram poucos, porque não foi citado o grande fato que os une, que é Belo Monte. E por que o problema de Belo Monte não foi citado pelo candidato do PSDB? Para não desagradar aqueles que pensam que toda obra de engenharia, todo projeto, deve ser executado independentemente de qualquer coisa.


Todas as obras do PAC serão executadas, José Serra afirmou categoricamente no horário eleitoral. Certamente ele também não queria entrar em conflito com os políticos locais do seu partido, que lutavam pela reconquista do governo do estado. Esses políticos são todos, sem exceção, barrageiros, uma vez que estão ligados aos pequenos negócios locais.


Serra veio a Altamira. Quando eu soube que viria a esta cidade antevi o desastre. Até então ele estava indo bem com as críticas a Belo Monte (apesar de muito sutis e focadas apenas em parte do problema). Mas como poderia ser coerente com as críticas que fizera estando ao lado de gente como o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que defende explicitamente o desmatamento, dizendo que, uma vez que desmatamos mais de 90% da Mata Atlântica, os paraenses poderiam fazer o mesmo com seu pedaço da Amazônia?


"Serra promete resolver problemas de Belo Monte, mas não diz como", foi a manchete que ficou em relação a esta visita. E, diga-se de passagem, os seus pretensos aliados locais, no final das contas, ainda o abandonaram, não queriam seus nomes associados a ele, excluíram-no das propagandas, e veladamente fecharam com a Dilma.


Nas urnas que funcionaram na UFPA de Altamira, Serra venceu com boa margem. Eu soube que no Parque Indígena do Xingu ele também ganhou de lavada. Mas não foi o suficiente. O que une Sarney, Erenice e Cardeal? Belo Monte. Faltou explicar. Ninguém entendeu. Perderam-se as eleições.


Há quem diga que as relações entre os políticos e seus orçamentos milionários de campanha com as empreiteiras são tão estreitas que tanto faz Dilma ou Serra eleita(o); tentariam avançar com a obra do mesmo jeito, para atender a esses interesses. Sem dúvida, teríamos mais chances contra alguém que não é tão visceralmente ligado à idéia.


Mas de fato nunca saberemos. E agora, esta luta está perdida? Prefiro pensar que não, mesmo porque isso só nos paralisaria. Mas não há dúvida de que 2011 será um ano difícil. Um dos mais duros dos últimos tempos por aqui.


Quem é Rodolfo Salm: PhD em Ciências Ambientais pela Universidade de East Anglia, é professor da UFPA (Universidade Federal do Pará) e faz parte do Painel de Especialistas para a Avaliação Independente dos Estudos de Impacto Ambiental de Belo Monte.

Fonte: Correio da Cidadania 22-Dez-2010


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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

As águas de sempre...



Fonte: Charges

Folha de pagamento do Congresso será R$ 860 milhões mais cara em 2011


Segundo a ONG Contas Abertas, o aumento da despesa reflete, principalmente, o reajuste salarial concedido a parlamentares


A folha de pagamento do Congresso Nacional terá aumento de 860 milhões de reais em 2011, de acordo com dados da ONG Contas Abertas. O volume reflete, principalmente, o aumento salarial concedido a parlamentares no fim do ano passado.

Na Câmara, o orçamento precisará de 549,2 milhões de reais a mais em relação ao total gasto em 2010. Desse montante, cerca de 269,7 milhões de reais referem-se ao reajuste de 62% no salário dos parlamentares e, ainda, ao reflexo do aumento concedido aos servidores da Casa em julho do ano passado. Outros 145 milhões de reais devem cobrir despesas com aposentados e pensionistas, enquanto 27,8 milhões de reais são resultado das contribuições patronais.

Segundo a assessoria da Câmara, o acréscimo é resultado da expectativa de preenchimentos de 385 cargos e da substituição de trabalhadores contratados sob regime de CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) nos gabinetes. Com a troca de mandato, muitos secretários devem sair, o que amplia as indenizações trabalhistas devido às exonerações.

No Senado, o acréscimo na folha será de 312 milhões de reais sobre o total gasto em 2010. Os motivos para o aumento, segundo a assessoria de imprensa, seriam praticamente os mesmos da Câmara. Além do reajuste dos salários dos senadores, o órgão também aprovou no ano passado mudanças no plano de carreira dos servidores, cujo impacto ficou estimado em 247 milhões de reais em 2011.

Fonte: Veja e Contas Abertas 18/01/11
Charge: Jarbas

Governo lança sistema de alerta que já deveria estar pronto


Em 2005, País assumiu com a ONU compromisso de criar um plano semelhante, mas praticamente nada fez




Quinhentas áreas sob risco de deslizamento e 300 ameaçadas por inundações serão o primeiro alvo do Sistema Nacional de Alerta e Prevenção de Desastres Naturais do País, lançado ontem em Brasília. Anunciado como uma nova política para evitar catástrofes a exemplo das que mataram 665 pessoas no Rio, o sistema é, na verdade, uma obrigação internacional já assinada pelo governo Lula há seis anos.

Em 2005, após o tsunami na Ásia, o Brasil e outros 167 países assinaram um acordo em que se previa que, até 2015, todos os governos teriam sistemas de alerta para reduzir riscos de desastres naturais. Passados seis anos, o Brasil praticamente nada fez.

Em um documento revelado com exclusividade pelo Estado ontem e anteontem, o próprio governo admitiu à ONU que não tem sistema de alerta, nem destinou recursos para transformar em realidade o acordo do qual é signatário. Para completar, o governo diz que o sistema de Defesa Civil do País está "despreparado". 2015 é o prazo máximo dado pela ONU para que os sistemas de prevenção e alerta sejam adotados. Se isso não ocorrer, a imagem diplomática do País fica manchada.



Ontem, ao saber que até o fim do governo Dilma Rousseff o Brasil pretende reduzir em 80% o número de vítimas de tragédias nas áreas cobertas pelo novo sistema e fazer cair pela metade o total de vítimas de desastres naturais, a consultora externa da ONU e diretora do Centro para a Pesquisa da Epidemiologia de Desastres, Debarati Guha-Sapir, disse que o prazo de quatro anos é "assustador, surpreendente e triste". "Não entendo a razão de um país levar quatro anos para ter um sistema de alerta em funcionamento", atacou. "O que a população deve questionar é por que não existia esse sistema antes ou pelo menos quem é que barrou o dinheiro que iria para esses projetos que existem em todo o mundo."


Para Guha-Sapir, o Brasil não pode esperar até 2015 para tomar medidas. "Se medidas concretas não forem tomadas hoje, mais gente poderá morrer. Essa tragédia está se transformando em uma grande vergonha e constrangimento para o governo brasileiro."

Ontem, na reunião, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, falava da expectativa de já se começar a reduzir efeitos de desastres no próximo verão, mas o grosso do plano deverá estar pronto em quatro anos. Ao sair do encontro com Dilma, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, resumiu: "A Defesa Civil tem muito o que reestruturar. O sistema tem se revelado frágil, é uma realidade. Ninguém vai tapar o sol com a peneira. Temos de encarar a realidade e reagir".



Ações. O plano da ONU prevê medidas concretas de prevenção, educação da população, campanhas de conscientização, proibição de obras públicas em locais de risco, padronização de alertas e dezenas de outras ações.

Segundo a especialista da ONU, a transformação da situação no Brasil vai depender do tamanho da tragédia. "É lamentável dizer, mas parece ser a realidade no Brasil. Nas primeiras horas do desastre, o governo achou que não precisaria se preocupar porque os afetados eram apenas favelas e gente pobre. Pouco a pouco, descobre que é toda uma região em apuros. O fato de que ainda há corpos sendo encontrados é um sinal muito ruim."

Fonte: Estadão 18/01/11
Charges: Amorim, Eder, Bruno e Nani

Leia também:Tudo bem em 2014 texto de Gabeira

sábado, 15 de janeiro de 2011

Rio de Janeiro pede doações para animais desabrigados

garoto consegue salvar seu cachorro




Um grupo de veterinários de São Paulo viaja ao Rio de Janeiro na segunda-feira (17) para levar ajuda e doações aos animais desabrigados e feridos nas áreas atingidas pelas enchentes.

Até domingo (16) é possível fazer doações em um posto de arrecadação em São Paulo. Também na segunda-feira, especialistas da Organização Mundial de Proteção Animal (WSPA) chegam ao Rio para visitar o local da tragédia.

Os organizadores da ação orientam a população a doar cloro, antibióticos, anestésicos, anti-inflamatórios e antipulgas, além de ração para animais de diversos portes e espécies, principalmente gatos e cães.

Alguns canis foram totalmente destruídos e vários animais morreram. A WSPA conseguiu doações de empresas e laboratórios que soma uma tonelada de ração para cães e gatos e um lote de vacinas para prevenção de raiva e leptospirose.

A médica veterinária Amélia de Oliveira, que viaja ao local na segunda-feira, alerta sobre o problema:

- Há riscos de doenças como infecções bacterianas, viral e contaminação da água por causa de animais em decomposição. Outra preocupação é o risco da aparição de casos de raiva”.

Além dos animais domésticos, muitos bichos em chácaras também foram gravemente prejudicados.

Quem está em São Paulo pode fazer sua doação.

Um dos postos de arrecadação funciona das 9h às 21h na Rua Marcos Portugal, 224, bairro Ipiranga. O endereço fica próximo à estação Sacomã do metrô.

Informações pelos telefones (11) 5062-8522, 2592-2645 e pelos celulares 8778-1792 ou 82989261.

Doações para quem está no Rio de Janeiro

Profissionais também organizaram pontos de doação no Rio de Janeiro. Confira a relação de alguns endereços e faça sua doação:

GAPA - Grupo de Assistência e Proteção aos Animais Itaipava
(24) 2222-8419

Flamengo: Rua Correa Dutra, 99 loja 5 (Distribuidora Costa Leivas)

Meier: Carla Bello – (21) 8829-9026

Copacabana: Lojas Bicho Bacana - Rua Santa Clara, 110 e Rua Paula Freitas, 61

Botafogo: Patas & Penas - Rua Voluntários da Pátria, 374

Urca: Patas & Penas - Rua Marechal Cantuária, 70 - loja b

Norte: Patas & Penas - Rua Dom Hélder Câmara, 1º piso

Gávea: Loja Pet Gávea - Rua Marquês de São Vicente, 7

Barra da Tijuca – Loja Aquário Pet Barra - Av. Ayrton Senna, 3383 - loja 149

Para a população de outras cidades ou estados, é possível fazer doações em dinheiro para a WSPA:

Defensores dos Animais
Banco Bradesco
Agência 279-8
Conta-poupança: 172813-0


Fonte: R7 15/01/11

LBV leva doações para o Rio


A primeira carreta com 22 toneladas de doações, arrecadadas pela Legião da Boa Vontade, saiu hoje (15), às 15 horas, da Avenida Rudge, 700, Bom Retiro, em São Paulo/SP, com destino ao Rio de Janeiro para auxiliar as vítimas das chuvas nas cidades de Teresópolis, Petrópolis, Nova Friburgo e São José do Vale do Rio Preto.
O proprietário da empresa Big Forms, João Carlos Martelozzo, está gentilmente custeando o frete.

Na capital fluminense, em parceria com a OAB e o Shopping Nova América, a LBV arrecadou 37.800 litros de água. Ao todo, três caminhões de água, cada um com 12.600 litros e o primeiro deles segue hoje para o Ginásio Pedrão, localizado na Rua Ten. Luiz Meirelles 211, em Teresópolis, um dos pontos sugeridos pela Defesa Civil para receber as doações; amanhã (16), seguirá o segundo caminhão; e na segunda-feira (17), o terceiro caminhão também de doações de água.

Nos dias 11 e 12, a Legião da Boa Vontade entregou doações de alimentos não perecíveis, além de colchões, sapatos e roupas à Defesa Civil de Sumaré, no interior paulista. Na segunda-feira, 17, a LBV destinará cinco toneladas de donativos para a cidade de Franco da Rocha, SP.

O que doar:
- água potável;
- alimentos não perecíveis e os de pronto consumo (massas e sopas desidratadas, achocolatados, biscoitos, cereais) e leite em pó;
- colchões;
- roupas, calçados, agasalhos e roupas de cama e banho;
- materiais de higiene pessoal (sabonete, escova e creme dental, entre outros) e limpeza (sabão, água sanitária desinfetante, detergente, álcool, vassoura e rodo).


Fonte: Site LBV

Paulistanos tentam, mas não podem ajudar o Rio


Principais receptores na cidade, Defesa Civil e Cruz Vermelha estão recebendo donativos apenas para São Paulo


A tragédia do Rio comoveu muitos paulistanos. Mas quem quer fazer doações às vítimas fluminenses pelos principais órgãos receptores em São Paulo não consegue. A Defesa Civil e a Cruz Vermelha da capital paulista estão recebendo donativos só para São Paulo - e não para o Rio.


Como a Cruz Vermelha não tem carro para a distribuição dos donativos na capital paulista, ela depende da ajuda de voluntários e da Defesa Civil. "Se pelo menos a gente tivesse um caminhão, uma van...", diz Aline Gomes Rosa, gerente de projetos sociais da entidade em São Paulo.

Galões de água, pacotes de macarrão, escovas de dente, caixas de leite e outros mantimentos se acumulam no galpão da entidade, na Avenida Moreira Guimarães, quase do lado do Aeroporto de Congonhas, na zona sul. Os donativos não param de chegar.

Alguns paulistanos se confundem, como a professora Virgínia Barros Pereira, que levava travesseiros, cobertores, roupas e sabonetes para as vítimas da região serrana do Rio. "Eu ouvi na TV e li no site que eram aqui (as doações para o Rio). Assim fica difícil ajudar", disse ela quando soube que o destino dos donativos seria São Paulo. "Tudo bem, a gente ajuda qualquer pessoa."

Já o planejador financeiro Valter Police sabia bem para quem estava levando cerca de R$ 1.200 em mantimentos. "Todo verão tem enchente. Então, economizo R$100 por mês durante todo o ano, faço umas compras no supermercado e trago aqui", conta.

Em São Paulo, shoppings e supermercados estão arrecadando donativos para o Rio, A Academia de Futebol do Palmeiras, na Marquês de São Vicente, zona oeste, funcionará das 8h às 18h hoje e amanhã com esse fim. A Defesa Civil de São Paulo ainda não tem canal oficial de envio de donativos para o Rio, mas o ano todo está aberta para receber e mandar donativos para as cidades atingidas pelas chuvas.


Fonte: Estadão 15/01/11

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

ENCHENTE. O PROBLEMA É DE COMPORTA. O POLÍTICO NÃO SE COMPORTA

Sugestão pra melhorar o Brasil: canalizar a lama que desce dos morros e mandar pras prefeituras, governos estaduais e federais.

Aí, pelo menos, a gente soterra quem merece.

E diversas comportas foram abertas, e o povo ficou encharcado. Esse é o problema do país: comporta. O político não se comporta direito, e o povo é quem sofre.




Fonte: eramos6

Algo mais além de anúncio de verbas


A tragédia na Região Serrana fluminense segue o roteiro clássico das catástrofes no Brasil. Enquanto transcorria, com enormes e compreensíveis dificuldades, a dura tarefa de resgate de corpos em regiões de Petrópolis, Teresópolis e Friburgo, começou o anúncio de liberação de cifras milionárias para atender desabrigados, financiar obras etc.

Nada contra. Tem de ser assim mesmo. Consumado o desastre, são necessários recursos públicos. Mas a história sempre se repete, e, quando vem a próxima enxurrada, constata-se que parte daquele dinheiro jamais chegou ao destino, ou que verbas carimbadas para projetos de prevenção foram desviadas pelo clientelismo político. Sequer ocorreram as devidas remoções de casas em terreno perigoso, muitas vezes por uma decisão inconsequente da Justiça.


O governo federal logo autorizou a liberação de R$780 milhões para Rio de Janeiro e São Paulo, também atingido pelas chuvas do início da semana. Vamos esperar um ano para saber quanto de fato terá financiado o socorro de vítimas, construção de residências em locais seguros e na recuperação e melhoria da infraestrutura.

Diante das promessas de verbas é preciso mesmo cautela. O retrospecto não anima, segundo levantamento feito pela ONG contas abertas no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do Governo.

Constam dos registros que, embora o Ministério da Integração Nacional tenha previsto, para 2010, um gasto de R$425 milhões no Programa de Prevenção e Preparação para Desastres, foram liberados apenas R$167,5 milhões, e mesmo assim com a inclusão de restos a pagar de anos anteriores - valores empenhados, mas não desembolsados. Havia até mesmo um repasse a ser feito de R$450 mil para obras de contenção na estrada Cuiabá - destruída agora pela enxurrada em Petrópolis - jamais liberado. Também para Nova Friburgo, outra cidade vítima das chuvas, estavam reservados R$21,7 milhões, destinados a "obras de pequeno vulto de macrodrenagem". O dinheiro nunca subiu a serra.

Mas não existe apenas má administração dos recursos, presos na armadilha da burocracia. Há também má-fé, politicagem, clientelismo deslavado. O exemplo mais recente e escandaloso desses desvios foi dado pela dupla de peemedebistas baianos Geddel Vieira e João Santana, ao passarem pelo Ministério da Integração. Para alimentar currais eleitorais com dinheiro do contribuinte, nas gestões deles a Bahia recebeu mais da metade dos recursos previstos para obras de prevenção.

Funciona, então, um círculo vicioso diabólico: a burocracia e/ou o clientelismo impedem investimentos para prevenir desastres. Eles, então, acontecem, e vêm as promessas de verbas de emergência, as quais quase sempre não são gastas como seria necessário. Deixa-se o terreno pronto para novas catástrofes, e tudo começa mais uma vez. E a estatística dos mortos e desabrigados só faz crescer.

Recém-empossada, a presidente Dilma Rousseff deveria reservar parte do expediente diário de trabalho para, a partir de agora, acompanhar o caminho do dinheiro que liberou.


Fonte: Conatas Abertas 14/01/2011
Charge: Nani

Rio recebeu apenas R$ 1 milhão no programa de prevenção a desastres


Apesar do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, ter negado ontem, em entrevista coletiva, que faltem repasses federais para o estado, o Rio de Janeiro recebeu apenas R$ 1 milhão do programa de “prevenção a desastres”.

O programa é gerido pelo Ministério da Integração Nacional e auxilia as cidades brasileiras na realização de obras e serviços de caráter preventivo às chuvas em áreas de risco, no intuito de minimizar os danos e reduzir o número de vítimas fatais. A cifra enviada para o Rio corresponde 0,6% dos R$ 167,5 milhões repassados pelo governo federal, no ano passado, para estados e municípios por meio da rubrica.

Ontem, o governador Sérgio Cabral afirmou que o “Rio recebeu, nos últimos quatro anos, não só a solidariedade, mas o apoio efetivo do governo federal” e que não poderia reclamar da falta de recursos enviados para o estado.

Certamente, os municípios fluminenses devem ter recebido verba federal para outras finalidades, que não no programa de prevenção, já que na rubrica, especificamente, o Rio de Janeiro é apenas o 14° colocado em uma lista com 22 estados brasileiros agraciados com verbas do programa (veja a tabela)


SP e MG

Para os municípios de São Paulo e Minas Gerais, também atingidos pelas chuvas, foram liberados, no ano passado, por meio do programa preventivo a desastres, respectivamente, R$ 9,4 milhões e R$ 10,4 milhões. Ao todo, o governo federal enviou para os municípios e estados brasileiros apenas 39% dos R$ 425 milhões previstos para serem executados no programa, que concentra ações, como contenção de encostas, drenagem superficial e subterrânea, desassoreamento, retificação e canalização de rios e córregos.

Charge: Sponholz
Fonte: Contas Abertas 14/01/11

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Região Serrana do RJ enfrenta 2º dia de calamidade causada pela chuva

Rodeada por montanhas, a cidade de Friburgo viu o clima pacato desaparecer frente à violência das águas. Prédios inteiros e casas foram ao chão. A lama desceu das encostas dos morros e arrastou tudo pela frente.
Região Serrana do RJ enfrenta 2º dia de calamidade causada pela chuva
Ao todo, 397 vítimas das chuvas foram encontradas desde terça-feira.
Sumidouro é o 4º município a registrar mortes na região.





Fonte: G1 13/01/11

Ministérios avaliam situação de hospitais em Porto Velho após denúncia

O secretário de Saúde de Rondônia diz que a visita dos representantes dos ministérios poderá acelerar a recuperação dos hospitais. Denúncia de péssimas condições foi feita pela equipe do JN no Ar.




Fonte: Jornal Nacional 12/01/11

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Um Ato de Rotina


Por Olavo de Carvalho - 6/1/2011

Definitivamente, ninguém na grande mídia, nos altos círculos da Itália ou dos EUA tem a menor ideia de quem é, de fato, Luís Inácio Lula da Silva.


Quem não sabia, com meses de antecedência, que o Sr. Luiz Inácio iria jogar o peso da sua autoridade de presidente numa última cartada espetacular em favor do terrorismo internacional? Quem não sabia que Cesare Battisti, ao fugir para o Brasil, escolhera o melhor lugar do mundo para tipos como ele, o abrigo infalível de terroristas e narcotraficantes?

"Quem não sabia?" Que pergunta mais idiota. Eu sabia, meus colegas e leitores do Diário do Comércio sabiam, a parcela ínfima da população brasileira que se mantém informada sabia e, é claro, a turma do Foro de São Paulo sabia. O resto da humanidade esperava de Lula outra atitude, simetricamente inversa, compatível com a imagem estereotipada de estadista sereno e pragmático que a mídia internacional forjou para torná-lo atraente aos investidores.

De toda parte, as reações indignadas ao gesto de solicitude paternal do nosso ex-presidente para com um notório terrorista e assassino vieram com a expressão de surpresa e desencanto do marido enganado que, até a véspera, confiava cegamente na esposa. Definitivamente, ninguém na grande mídia ou nos altos círculos da Itália, de qualquer outro país europeu ou dos EUA tem ou quer ter a menor ideia de quem é Luís Inácio Lula da Silva.

Sem a mais leve pretensão de infundir nas cabeças dessas criaturas um conhecimento que não desejam, do qual fogem como da peste, assinalo aqui alguns lances memoráveis do curriculum vitae do ex-presidente:

Ele teve como seu mentor espiritual, desde a juventude até a velhice, o ex-frade Carlos Alberto Libânio Christo, o Frei Betto, colaborador fiel do governo de Fidel Castro e co-autor da Constituição Cubana. Jamais renegou o guru.

Logo após a queda da URSS, aderiu ao lema "reconquistar na América Latina o que perdemos no Leste Europeu" e para isso fundou em 1990 e presidiu por doze anos o Foro de São Paulo, coordenação estratégica do movimento comunista na América Latina, irmanando num plano estratégico abrangente partidos legais e organizações criminosas. Em comunicado oficial no 15º aniversário do Foro, as Farc, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, reconheceram que essa iniciativa salvara da extinção iminente o movimento comunista internacional.

Ao eleger-se presidente, fingiu afastar-se do Foro de São Paulo mas continuou extra-oficialmente no comando da entidade por meio do ministro Marco Aurélio Garcia e do assessor de imprensa Gilberto Carvalho.

Jurando não ter tido jamais qualquer contato com as Farc, presidiu assembléias do Foro ao lado de Manuel Marulanda, comandante da narcoguerrilha colombiana, e permitiu que membros do seu governo, junto com figuras estelares do seu partido, se associassem a Marulanda na direção da mais importante revista de debates internos do movimento comunista no continente, America Libre.

Durante seu governo, muitos concorrentes e dissidentes das Farc foram perseguidos e presos no Brasil, enquanto os agentes da organização operavam livremente no território nacional, não só distribuindo drogas, mas fornecendo armas e treinamento a quadrilhas de bandidos locais e aos militantes do MST, protegidos do governo.

assinatura de Dilma dando um e emprego oficial para a mulher de Medina - para aumentar clique na imagem





Quando o representante das Farc no país, Olivério Medina, foi preso pela Polícia Federal, o partido e o governo de Lula se mobilizaram para libertá-lo, dando-lhe, de quebra, a cidadania brasileira e emprego oficial para sua esposa no ministério então chefiado pela atual presidente da República, Dilma Rousseff (que negou envolvimento no caso até que sua assinatura no decreto de nomeação fosse publicada na imprensa).

O único militante farqueano que permaneceu preso no Brasil foi Juan Carlos Ramirez Abadia. Esta exceção explica-se porque o referido, agindo evidentemente à margem das Farc, se envolveu num plano para sequestrar o filho de Lula, Luís Cláudio.

O governo Lula sempre rejeitou o pedido colombiano de aplicar às Farc o qualificativo oficial de "organização terrorista", propondo, ao contrário, que a quadrilha de narcotraficantes fosse premiada por seus crimes mediante a anistia geral e a transmutação da coisa em partido político legal.

Em dois discursos oficiais, publicados no site da Presidência da República mas jamais noticiados por qualquer órgão de mídia no Brasil, ele confessou a interferência direta do Foro e de São Paulo e dele próprio na política interna da Venezuela e de outros países, para colocar e manter no poder tipos como Hugo Chávez, Morales e tutti quanti.

É verdade que, no campo econômico, Lula se comportou direitinho e fez tudo quanto o Banco Mundial mandou. Mas só agiria de outro modo se fosse louco. Se o próprio Lenin fez o diabo para acalmar e seduzir os investidores internacionais enquanto consolidava o poder interno dos comunistas na Rússia, por que haveria Lula de entrar em guerra com o capitalismo planetário enquanto ia discretamente ajudando a entregar aos agentes do Foro de São Paulo o controle de várias nações latino-americanas?

A tática da dupla face funcionou tão bem que, numa mesma semana, ele foi homenageado pelo Foro Econômico de Davos por sua adesão ao capitalismo e no Foro de São Paulo por sua fidelidade ao comunismo.

Os que agora explodem de cólera ante a proteção que ele deu a Cesare Battisti só conhecem, decerto, a primeira face. Por isso vêem nessa decisão obscena uma exceção repentina, incoerente, inexplicável. Quem conhece a segunda entende que foi um ato de rotina, o último de uma longa série. Incoerência é uma coisa, duplicidade é outra.

Olavo de Carvalho é ensaísta, jornalista e professor de Filosofia
Fonte: Blog Dois em Cena
Charge: Sponholz

Surrupiaram o Cruxifixo?


Assim que Dilma chegou ao gabinete presidencial, ela retirou da parede o crucifixo e a bíblia que ficava na mesa. Porém como foi noticiado em revistas e jornais esse fato e para não ficar feio prá predidenta que fingiu para não perder as eleições, que é católica, e ao lado de Chalita participou de uma missa (não sabia nem fazer o sinal da cruz...) , a SECOM( Secretaria de Comunicação Social emitiu uma nota:

Nota oficial: “Jornais, revistas e sites na rede mundial de computadores divulgaram algumas notícias sobre a primeira semana de trabalho da presidenta Dilma Rousseff que merecem esclarecimentos:
1 – Não houve a retirada do crucifixo do gabinete presidencial. A peça pertencia ao ex-presidente Lula que a recebeu de um artista no início do governo. É de origem portuguesa.
2 – Ao contrário daquilo que afirmaram na mídia, não houve a retirada do exemplar da Bíblia de seu gabinete. Ela [a Bíblia] permanece na sala contígua ao gabinete, em cima de uma mesa – onde por sinal a presidenta já encontrou ao chegar ao Palácio do Planalto.
3 – Embora goste de trabalhar com laptop, a presidenta não mudou o computador da mesa de trabalho. Continua sendo um desktop.”

Quem explica a foto aí ao lado em que aparece o mesmo crucifixo na parede na época que Itamar era presidente? Lula então levou embora o que não lhe pertencia. Ou o Lula é um grande surrupiador ou então a Dilma é mais uma mentirosa. Ou ainda as duas alternativas estejam corretas!

Fonte: Blog Dois em Cena

sábado, 8 de janeiro de 2011

iPad para gatos

Terra volta a tremer em Goiás





UnB registrou dois tremores - um deles de 4,1 graus na Escala Richter
Mirella D'Elia



O Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília (UnB) registrou, neste sábado, dois tremores de terra no norte de Goiás, perto da divisa com Tocantins. Segundo o professor Lucas Barros, chefe do observatório, o primeiro tremor, com magnitude de 4,1 graus na Escala Richter, ocorreu às 9h50. O segundo, de 2,8 graus, ocorreu sete minutos depois. O epicentro foi a 14 quilômetros de Formoso, a 10 quilômetros de Trombas e a 34 quilômetros de Porangatu.

Um tremor dessa magnitude, informou, poderia provocar danos, como rachaduras em casas, em um raio de até 80 quilômetros. Não foi o caso. Mas muitos moradores tomaram um susto. "Como o epicentro não foi em área urbana, não houve mais danos. Mas a população ficou assustada", disse Barros.

Falhas geológicas - Este foi o terceiro maior tremor registrado nos estados de Goiás e Tocantins. O maior foi no dia 8 de outubro de 2010, com magnitude de 5 graus na Escala Richter, perto da cidade de Mara Rosa, também na divisa de Goiás com Tocantins. Na época, foi divulgado que a intensidade do tremor foi de 4,5 graus. Segundo Barros, o valor foi recalculado. Na ocasião, o tremor foi sentido até no Distrito Federal.

"Os estados de Goiás e Tocantins são cortados por um sistema muito antigo de falhas geológicas. A movimentação dessas falhas pode ser uma explicação para esses tremores", explicou o professor.

Fonte: Veja 07/01/11

Como é gostoso ser filho de presidente!!!





Charges: Dálcio,Pelicano e Jarbas

OAB pede que filhos de Lula devolvam passaportes


O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, pediu (7) que Luís Cláudio Lula da Silva e Marcos Cláudio Lula da Silva, filhos do ex-presidente Lula, devolvam os passaportes diplomáticos que obtiveram. Os filhos de Lula não se enquadram nos quesitos que dão direito a passaporte diplomático. Eles foram concedidos por decisão pessoal do ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, alegando "interesse do país".

"O governante não pode ceder às tentações do cargo. Enquanto ele estiver no cargo deve ter as regalias necessárias para o exercício do cargo. A partir do momento em que deixa o cargo, ele passa a ser um cidadão comum, igual a todos", defendeu o presidente da OAB.

Para o presidente da OAB, os filhos de Lula devem devolver o passaporte para evitar "constrangimento público" ao ex-presidente. A entidade também prometeu processá-los se não houver devolução. "Caso isso não ocorra (a devolução), é hipótese de apuração pelo Ministério Público Federal, em função do ato de ilegalidade administrativa, que quebra a isonomia entre os brasileiros", afirmou Ophir.

Fonte: Congresso em Foco 07/01/11
Charge: Sponholz

Filhos do ex-presidente Lula conseguem renovar passaporte diplomático



Fonte: Jornal da Globo 06/01/11

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Caixa errou e pagou mais aos beneficiários do Bolsa Família - e justamente durante a campanha eleitoral


Um montante total de 11,153 milhões de reais foi transferido indevidamente para a conta de 82.595 famílias beneficiárias do Bolsa Família, segundo informações da Caixa Econômica Federal. O repasse ocorreu nos meses de setembro e outubro de 2010 - período decisivo da campanha eleitoral - e foi provocado por um erro do sistema do banco. A Caixa nega relação entre o pagamento acima do correto com a realização da eleição.

O banco afirma que vai cobrar dos beneficiários os valores repassados a mais, com descontos que começarão a ser feitos a partir de março. Segundo o superintendente nacional de programas sociais da Caixa, Roberto Barreto, o problema foi identificado no fim de outubro e corrigido em novembro. "Foi uma fatalidade, um erro. A Caixa vai buscar o ressarcimento para que a União e a sociedade não sejam prejudicadas", disse ele.

Barreto explicou ainda que todas as famílias que receberam um benefício maior do que o devido receberão uma notificação do banco, informando que o valor pago a mais será descontado do benefício do mês seguinte. O desconto mensal não será superior a 25%, ou seja, algumas famílias devolverão o dinheiro em até 27 meses. "Algumas conseguirão pagar em duas parcelas. Outras precisarão de 27 meses. Mas 75% das famílias vão devolver os recursos em até doze meses."

De acordo com Barreto, o problema no sistema ocorreu no momento da atualização dos cadastros desses beneficiários. Com isso, algumas famílias que não teriam mais direito ao valor básico do benefício acabaram recebendo o montante indevidamente. A maior parte das famílias que receberam a mais, 50,34%, é do Nordeste. Essa é a região em que há mais beneficiários do programa - e também a que deu maior vantagem de votos à presidente Dilma Rousseff na eleição.

Fonte: Veja 06/01/11

Pesquisa indica que chá verde protege contra Alzheimer e câncer


O pesquisador Ed Okello enche xícara de chá no laboratório da Universidade de Newcastle


Um estudo da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, indica que o chá verde pode proteger o cérebro de doenças como o Mal de Alzheimer e outros tipos de demência.

A pesquisa, divulgada na publicação especializada Phytomedicine, também sugere que o antigo remédio chinês que tem se popularizado no mundo todo também pode ter um papel muito importante na proteção do corpo contra o câncer.

No estudo, os cientistas investigaram se as propriedades benéficas do chá verde, que já tinham sido comprovadas no chá recém-preparado e não digerido, ainda se mantinham ativas uma vez que o chá fosse digerido.

De acordo com Ed Okello, professor da Escola de Agricultura, Alimento e Desenvolvimento da Universidade de Newcastle e que liderou o estudo, a digestão é um processo vital para conseguir os nutrientes necessários, mas também significa que nem sempre os compostos mais saudáveis dos alimentos serão absorvidos pelo corpo, podendo se perder ou modificar no processo.

"O que foi realmente animador neste estudo é que descobrimos que, quando o chá verde é digerido pelas enzimas do intestino, os compostos químicos resultantes são até mais eficazes contra gatilhos importantes do Alzheimer do que a forma não digerida do chá", disse.

"Além disso, também descobrimos que os compostos digeridos (do chá verde) tinham propriedades contra o câncer, desacelerando de forma significativa o crescimento de células do tumor que usamos em nossas experiências", acrescentou.

Na pesquisa, a equipe da Universidade de Newcastle trabalhou em conjunto com cientistas da Escócia, que desenvolveram uma tecnologia que simula o sistema digestivo humano. Graças a esta tecnologia, a equipe de Newcastle conseguiu analisar as propriedades protetoras dos produtos da digestão do chá.

Chás verde e preto

Dois compostos já são conhecidos por seu papel importante no desenvolvimento do Alzheimer, o peróxido de hidrogênio e uma proteína conhecida como beta-amilóide.

Pesquisas anteriores mostraram que compostos conhecidos como polifenóis, presentes nos chás verde e preto, tem propriedades neuroprotetoras, pois se ligam a compostos tóxicos e protegem as células do cérebro.

Quando ingeridos, os polifenóis são quebrados e produzem uma mistura de compostos. Foram estes compostos que os cientistas de Newcastle testaram.

"É uma das razões pela qual temos que ser tão cuidadosos quando fazemos afirmações a respeito dos benefícios para a saúde de vários alimentos e suplementos", disse Okello.

"Existem certos compostos químicos que sabemos que são benéficos e podemos identificar alimentos que são ricos nestes compostos, mas o que acontece durante o processo de digestão é crucial para saber se estes alimentos estão mesmo nos fazendo bem", afirmou.

Proteção de células

Os cientistas usaram modelos de células de tumor, expondo estas células a várias concentrações de diferentes toxinas e aos compostos do chá verde digerido.

"Os compostos químicos digeridos (do chá) protegeram as células (saudáveis), evitando que fossem destruídas pelas toxinas", disse Okello.

"Também observamos que eles afetaram células cancerosas, desacelerando de forma significativa seu crescimento." "O chá verde é usado há séculos na medicina tradicional chinesa, e o que temos aqui dá provas científicas do porquê pode ser eficaz contra algumas das doenças mais importantes que enfrentamos hoje", acrescentou.

Fonte: Folha UOL 06/01/11

Chávez incitou Bolívia a tomar Petrobrás, diz diplomacia americana



Despachos revelados pela ONG WikiLeaks apontam a interferência do presidente venezuelano em favor da ocupação militar das instalações da Petrobrás, em maio de 2006; saída de empresa brasileira beneficiaria a companhia petrolífera PDVSA


De acordo com diplomatas americanos, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, incitou o governo de Evo Morales, na Bolívia, a nacionalizar as instalações da Petrobrás no país em 2006, fato que provocou um atrito econômico e diplomático com o Brasil. A informação está em telegramas da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília enviados ao Departamento de Estado americano e revelados pela ONG WikiLeaks.

Segundo os americanos, Marcelo Biato, o assistente direto do assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, relatara que Chávez interagia com Evo nos dias que antecederam a ocupação das instalações da Petrobrás por militares da Bolívia.

"Biato disse que em março (de 2006), Petrobrás e interlocutores bolivianos haviam começado o que pareciam ser discussões relativamente positivas. No entanto, Evo interrompeu abruptamente as conversas, insistiu que só discutiria o assunto diretamente com Lula", diz o documento, datado de maio de 2006. "No intervalo entre as conversas de março e a nacionalização, Biato observou que houve várias conversas entre Evo e Chávez", relata o telegrama.

Em 20 de abril, em encontro bilateral entre Lula e Chávez, o presidente brasileiro manifestou ao venezuelano sua preocupação com seu envolvimento no caso dos hidrocarburetos bolivianos. "Agora está claro para o governo do Brasil que Evo foi encorajado depois de ouvir que Chávez poderia prover ajuda técnica para obter o gás", afirma o despacho, referindo-se à possibilidade de a estatal de petróleo da Venezuela, a PDVSA, passar a auxiliar a boliviana, YPBF, em caso de rompimento entre Lula e Evo.

foto
Marcos Brindicci/Reuters-18/5/2006Proteção. Militares bolivianos ocuparam em 2006 uma refinaria da Petrobrás em Santa Cruz de la Sierra





Em 5 de maio, um novo telegrama dá conta de um novo encontro entre representantes diplomáticos americanos com Biato. Na conversa, o assessor brasileiro é questionado sobre a proximidade entre Chávez e Evo, indagação à qual Biato responde de forma lacônica. "O que podemos fazer? Nós não escolhemos nossos vizinhos. Nós não gostamos do modus operandi de Chávez, nem das surpresas de Evo, mas nós temos de lidar com esses caras de alguma forma e manter a ideia da integração regional viva", diz.

Em outro despacho, datado de 26 de junho de 2006, o então embaixador americano, Clifford M. Sobel, relata que Marco Aurélio Garcia lhe confirmava a intervenção chavista no caso. "Ele sugeriu que o Brasil encorajou o presidente venezuelano Chávez a baixar o tom e se tornar "menos presente" no caso. Chávez entendeu que seu esforço fora invasivo e contraproducente", diz o relato. No mesmo encontro, Garcia teria afirmado que Evo também recebeu a sugestão de "baixar o tom".

A operação militar da Bolívia na refinaria da Petrobrás, em maio de 2006, fazia parte da política de nacionalização das reservas de hidrocarburetos pelo governo de Evo. Depois de uma reação hesitante, o governo Lula e a Petrobrás aceitaram as novas regras impostas por La Paz para o setor petroquímico, reduzindo os dividendos das companhias que exploravam os recursos. Uma das questões centrais era o ressarcimento pelos investimentos da Petrobrás na Bolívia, avaliados em US$ 1,6 bilhão.


Fonte: Estadão 04/01/11
Charge: Cícero

Após 68 anos, Belas Artes vai fechar as portas em São Paulo


O Belas Artes, um dos mais antigos cinemas de São Paulo, se prepara para as últimas sessões. No dia 30 de dezembro, uma notificação judicial avisou: o imóvel, na esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação, tem de ser entregue até fevereiro.

Terminará, assim, uma história iniciada em 1943. Terminarão assim os "Noitões" que, nos últimos anos, chegaram a reunir, madrugada adentro, mil pessoas.

A ameaça de fechamento do cinema veio a público em março de 2010, quando o HSBC pôs fim ao patrocínio. André Sturm, o proprietário, começou então a bater à porta de algumas empresas, atrás de nova parceria.

Conversa daqui, conversa dali e, em novembro passado, foi acertado novo apoio. A minuta do contrato estava sendo finalizada quando veio a surpresa. "O proprietário disse que queria o imóvel de volta porque ia abrir uma loja lá", diz Sturm.

Sturm conta que havia se comprometido a pagar um novo valor de aluguel, de R$ 65 mil, assim que fechasse o patrocínio. "Tínhamos um acordo, mas ele não cumpriu", diz o dono do cinema.

Procurado, o proprietário do imóvel, Flávio Maluf (que não é filho de Paulo Maluf), não precisou sequer ouvir uma pergunta. A identificação da reportagem da Folha foi suficiente para que dissesse não ter nada a declarar.

"Ligue para o meu advogado", recomendou. Enquanto ditava nome e telefone, interrompeu a fala e perguntou: "Mas é a respeito do quê?". Informado, ensaiou uma explicação: "Perderam o prazo... Não tenho nada a declarar". O advogado não retornou as ligações.

Maluf passou a responder pelo imóvel há dois anos, quando seu pai morreu. "Venceu a visão mesquinha", diz Sturm.

Ontem, os 32 funcionários receberam o aviso prévio.

ÚLTIMA FASE

Sturm assumiu o cinema em 2002, quando os antigos proprietários decretaram o negócio inviável. O espaço, de fato, estava com as instalações decadentes e a programação descaracterizada.

Vieram a seguir a sociedade com a O2, produtora do cineasta Fernando Meirelles e, em 2003, o apoio do HSBC.

A ameaça do fim, em 2010, fez com que, no ano passado, a cidade se mobilizasse para salvar o Belas Artes. A campanha tanto deu resultado que o patrocínio chegou.

Dentre as marcas que esta última fase deixará estão o "Noitão" e a longa permanência de alguns filmes.

Pelo menos quatro títulos ficaram mais de um ano em cartaz: "O Filho da Noiva", "Bicicletas de Belleville", "2046 - os Segredos do Amor" e "Medos Privados em Lugares Públicos".


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Fonte: Folha UOL 06/01/11

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

DILMA-GIRA TOMA POSSE E LULA DESENCARNA O GOVERNO

A reza brava da Dilma funcionou: Lula desencarnou da presidência. Na seqüência a presidente Dilma, dispensou os Dragões da Indepedência e nomeou canhões pro seu novo ministério.

Mas quem roubou a cena foi Marcela Temer, 27 aninhos, mulher do vice-presidente da república. Ela é que deveria ser a mãe do PAC: Promove o espetáculo do crescimento do septagenário. E se Existe Maria Chuteira e Maria Gasolina, a Marcela Temer é o que? Maria Mensalão?

E o Paulo Maluf? Tomou posse de carteiras de convidados na festa de posse de Dilma!




Fonte: eramos6

No dia da Posse, quem chamou mais atenção foi a mulher do Vice-presidente





Chareges: Sponholz e Aroeira