Acostumada ao mundo de glamour das celebridades, Deborah Secco viu seu nome parar nesta terça-feira nas páginas policiais. A atriz foi condenada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) a devolver aos cofres públicos a quantia de R$ 158.191, que foi parar em sua conta bancária após um esquema de desvio de dinheiro envolvendo sua família.
De acordo com a decisão do juiz Alexandre de Carvalho Mesquita, da 3ª Vara de Fazenda Pública, a investigação teve início quando o Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro questionou a contratação de profissionais da saúde por intermédio da Fundação Escola do Serviço Público (Fesp).
Segundo a investigação, o governo estadual do Rio de Janeiro sabia que a Fesp não tinha condições para executar os serviços com seu quadro de funcionários. Sem profissionais, a fundação subcontratou, então, - sem licitação - quatro ONGs (INEP, INAAP, IBDT e CBDDC) para fazer o trabalho.
Nessas ONGs, o dinheiro público era desviado, uma vez que a qualidade dos trabalhos prestados não eram avaliados e não havia a checagem se o valor repassado a elas era equivalente ao valor gasto com o serviços. Ricardo Secco, pai de Deborah, era o chefe operacional do "esquema das ONGs" e a pessoa que representava os interesses das organizações não-governamentais.
De acordo com a investigação, as ONGs desviavam o dinheiro público para empresas "fantasmas" e uma parcela dos recursos desviados chegou até a ajudar a pré-candidatura de Anthony Garotinho à Presidência da República, por meio de cheques.
Deborah se apropriou do montante de R$ 158.191, desviado por seu pai, por meio de duas empresas "fantasmas". Bárbara Secco, irmã da atriz, foi beneficiada com R$ 79.155,45. Sílvia Secco, mãe da artista, recebeu R$ 86.500. Ricardo Secco, irmão de Deborah, ficou com R$ 44.600.
Para completar, a empresa Luz Produções Artísticas S/C Ltda, cujas sócias são Deborah (com 99% das ações) e sua mãe (com 1% das ações), ficou com R$ 163.700. A decisão cabe recurso. Purepeople tentou entrar em contato com o advogado de Deborah Secco, Mauro Roberto Gomes de Mattos, mas ele não foi localizado.
"O fato de termos nestes autos uma atriz de renome nacional não implica na sua presunção de inocência. Não custa aqui lembrar que a mídia nacional e internacional noticiou no dia 20/06/2013, mesmo dia das manifestações em diversas cidades do país, a prisão da dupla de estilistas italianos Dolce & Gabanna por sonegação fiscal", ressaltou o juiz, na decisão.
Fonte: www.purepeople.com.br
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