quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Ministro da Justiça perde a chance de ficar calado e diz que espionagem brasileira é diferente da dos EUA


Boca de siri – Jamais o Brasil viveu um período de tantas sandices políticas como a era petista iniciada em 2003 por Luiz Inácio da Silva, o agora lobista Lula. Os absurdos são tantos, que o desgoverno chefiado pela petista Dilma Vana Rousseff não mais se incomoda com as explicações que oferecem aos muitos escândalos oficiais.

Depois de criticar duramente os Estados Unidos por causa das denúncias de espionagem, ainda não confirmadas, a presidente acionou o besteirol palaciano para tentar explicar a arapongagem de que foram vítimas diplomatas russos, iranianos e iraquianos, em 2003 e 2004. Tão logo a edição de segunda0-feira (4) do jornal “Folha de S. Paulo” chegou às bancas, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência divulgou nota contestando a reportagem do matutino paulistano. Informou o GSI que a espionagem em questão foi um serviço de contrainteligência, não sem antes afirmar que o vazamento dos tais documentos é crime e que os responsáveis serão processados.

Não bastasse a estapafúrdia manifestação do GSI, que está sob a responsabilidade do general José Elito Carvalho Siqueira, nesta terça-feira (5) foi a vez do ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, reforçar o viés chicaneiro do governo do PT. Disse o ministro que espionagem praticada pela Agência brasileira de Inteligência (Abin) e a dos Estados Unidos, operada pela Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês), são “completamente diferentes”.

“Vejo situações completamente diferentes [ação do Brasil e dos EUA]. Qualquer tentativa de confundi-las me parece equivocada. O que o Brasil sofreu foi violência do sigilo, violação de mensagens, de ligações. A violação dos Estados Unidos afronta a nossa soberania e o Brasil teve reação forte. E o mais importante, e vale ressaltar, ela [ação praticada pelo Brasil] foi feita em território nacional”, disse Cardozo.

Não custa lembrar ao ministro da Justiça, assim como ao general José Elito, que espionagem e contraespionagem são a mesma coisa. Assim como informação e contrainformação ou, então, inteligência e contrainteligência. Em suma, tudo é espionagem. O discurso descabido de que a espionagem aos diplomatas estrangeiros, praticada pela Abin, e a da NSA, dos Estados Unidos, são diferentes perde a razão de ser no momento em que, voltando no tempo, descobre-se que a espionagem brasileira tem como base o serviço de inteligência da CIA.

José Eduardo Cardozo, que está ministro porque foi um dos três obedientes da cúpula de campanha da companheira Dilma Rousseff, perdeu a grande oportunidade de ficar calado. O mais absurdo é que a imprensa brasileira, em especial a parcela amestrada, ouve absurdos desse naipe e se dá por satisfeita.

Fato é que a fumaça que Dilma Rousseff fez com as denúncias de espionagem por parte da NSA serviram apenas acender a centelha da esquerda festiva tupiniquim, a chamada “esquerda caviar”, assunto que o ainda ministro da Fazenda conhece a fundo.

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